• Redação Galileu
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Restauração de templo no Egito revela desenhos feitos há 2 mil anos (Foto: Divulgação/ Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Restauração de templo no Egito revela desenhos feitos há 2 mil anos (Foto: Divulgação/ Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Uma missão em conjunto entre arqueólogos alemães e egípcios vem trabalhando no templo da cidade de Esna, localizado a oeste da margem do rio Nilo, no Egito, desde 2020. Em maio deste ano, após concluídos os trabalhos de restauração e limpeza, os pesquisadores descobriram novos padrões, imagens e cores dos tetos e paredes do templo.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito em sua página no Facebook, essa é uma descoberta significativa, já que nenhum desenho ou imagem descoberto havia aparecido antes nos registros feitos entre 1963 e 1975 pelo egiptólogo francês Serge Sonron sobre as inscrições do templo.

Nenhum desenho evidenciado havia aparecido antes nos registros das inscrições do templo feitas pelo egiptólogo francês, Serge Sonron (Foto: Divulgação/ Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Nenhum desenho evidenciado havia aparecido antes nos registros das inscrições do templo feitas pelo egiptólogo francês, Serge Sonron (Foto: Divulgação/ Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

O templo de Esna, também conhecido como Templo de Khnum, é dedicado a Khnum, deus da criação, que possui uma cabeça de carneiro. A maior parte do templo foi construída entre os anos 41 e 54 d.C., durante o reinado do imperador Cláudio.

Um dos achados que mais impressionou os pesquisadores é o desenho da representação da deusa-serpente Wadjet, matrona do Egito. Os padrões foram encontrados sob o teto acima da entrada do templo de Esna, a uma altura de 14 metros. A pintura retrata a beleza simétrica: 46 águias em duas fileiras, sendo que 22 delas têm cabeças de cobra representando Wadjet.

A dificuldade na limpeza e restauração dessas imagens incluiu passar por fuligem, poeira, sujeira, excrementos de pássaros e morcegos, teias de aranha e calcificações de sal que se acumularam nos últimos 2 mil anos. “As inscrições coloridas sofreram nos últimos séculos com o acúmulo de camadas espessas e impurezas”, observa Hisham El-Lithy, chefe da missão arqueológica egípcia, em comunicado

O projeto de restauração do Templo de Esna foi visto como vital para a preservação das inscrições únicas e distintas da era pré-romana e romana. O financiamento foi recebido principalmente do American Research Center no Cairo, entre outras fontes.