• Redação Galileu
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Raposa da tempestade, de Jonny Armstrong, é uma das imagens altamente recomendadas para vencer o Wildlife Photographer of the Year 2021 (Foto: Jonny Armstrong/ Wildlife Photographer of the Year 2021)

Raposa da tempestade, de Jonny Armstrong, é uma das imagens altamente recomendadas para vencer o Wildlife Photographer of the Year 2021 (Foto: Jonny Armstrong/ Wildlife Photographer of the Year 2021)

As imagens vencedoras da 57ª edição do prêmio Wildlife Photographer of the Year 2021 só serão anunciadas no dia 12 de outubro, mas uma prévia dos registros altamente recomendados para o pódio do concurso já pode ser degustada pelo público a partir desta quarta-feira (1º) no site do Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra.

Captadas principalmente por fotógrafos especializados em registros da natureza, as fotos mostram desde a sobrepesca nos oceanos ao comportamento social de uma raposa no Alasca.

Confira 11 concorrentes à premiação.

1. Raposa da tempestade, de Jonny Armstrong (acima)

Pouco antes de uma tempestade encharcar a lente da câmera de Jonny Armstrong, o fotógrafo norte-americano conseguiu registrar uma raposa à procura de carcaças de salmão nos arredores de uma pequena ilha no Lago Karluk, no Alasca.

Embora só tenha a companhia de outra raposa na ilha, o mamífero se mostrou surpreendentemente ousado durante o período de observação de Armstrong: forrageou por amoras, atacou pássaros e até mordiscou de brincadeira os calcanhares de um jovem urso marrom.

2. Aterrissagem de Apolo, de Ermelin Dupiex

Aterrissagem de Apolo, de Ermelin Dupiex (Foto: Ermelin Dupiex/Wildlife Photographer of the Year)

Aterrissagem de Apolo, de Ermelin Dupiex (Foto: Ermelin Dupiex/Wildlife Photographer of the Year)

No Parque Natural Regional Haut-Jura, na fronteira entre a França e a Suíça, uma borboleta Apolo (Parnassius apollo) pousa em uma margarida oxeye. Frequentemente encontrada em prados alpinos, a borboleta adaptada para viver em baixas temperaturas é um dos insetos que, devido ao aquecimento global, entrou para a lista de animais ameaçados da Europa.

3. Perda líquida, de Audun Rikardsen

Perda líquida, de Audun Rikardsen (Foto: Audun Rikardsen/Wildlife Photographer of the Year)

Perda líquida, de Audun Rikardsen (Foto: Audun Rikardsen/Wildlife Photographer of the Year)

O registro do norueguês Audun Rikardsen ilustra uma das principais ameaças à sobrevivência dos oceanos mundo afora: a sobrepesca. Uma massa enorme de arenques mortos cobre a superfície do mar até onde a vista alcança, próximo à costa da Noruega.

O barco responsável pelo crime — que posteriormente foi multado — havia pescado tantos peixes que, quando a rede foi içada, ela se quebrou, liberando toneladas de animais esmagados e sufocados de volta para a água.

4. Periquitos do Lockdown, de Gagana Mendis Wickramasinghe

Periquitos do Lockdown, de Gagana Mendis Wickramasinghe (Foto: Gagana Mendis Wickramasinghe/Wildlife Photographer of the Year)

Periquitos do Lockdown, de Gagana Mendis Wickramasinghe (Foto: Gagana Mendis Wickramasinghe/Wildlife Photographer of the Year)

Três filhotes de periquito de anéis rosados (Psittacula krameri) põem a cabeça para fora do ninho quando o pai retorna com comida. O momento foi flagrado por Gagana Mendis Wickramasinghe, de apenas 10 anos, na varanda de sua casa em Colombo, no Sri Lanka. A árvore que é abrigo para as aves se tornou fonte de entretenimento para os moradores da região quando a ilha entrou em isolamento social em 2020.

5. Design tóxico, de Gheorghe Popa

Design tóxico, de Gheorghe Popa (Foto: Gheorghe Popa/Wildlife Photographer of the Year)

Design tóxico, de Gheorghe Popa (Foto: Gheorghe Popa/Wildlife Photographer of the Year)

Um desastre ecológico: as cores de um pequeno rio no Vale Geamana, na Romênia, são, na verdade, resultado de produtos químicos tóxicos que fluem a jusante da mina Rosia Poieni, um dos maiores depósitos de minério de cobre e ouro da Europa. Os elementos que colorem a lagoa de rejeitos a céu aberto são a pirita (ouro de tolo), o ferro e outros metais pesados, misturados com cianeto.

6. Momento cru, de Lara Jackson

Momento cru, de Lara Jackson (Foto: Lara Jackson/Wildlife Photographer of the Year)

Momento cru, de Lara Jackson (Foto: Lara Jackson/Wildlife Photographer of the Year)

O sangue de um gnu — também conhecido como boi-cavalo — recém-devorado escorre do focinho de uma jovem leoa no Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia. Tudo indica que a presa ainda estava viva quando o animal começou a devorá-la, o que sugere que a leoa não tinha feito uma “matança limpa” e, portanto, talvez se tratasse de uma predadora ainda inexperiente.

7. Antenas em profundidade, de Laurent Ballesta

Antenas em profundidade, de Laurent Ballesta (Foto: Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year)

Antenas em profundidade, de Laurent Ballesta (Foto: Laurent Ballesta/Wildlife Photographer of the Year)

A foto do francês Laurent Ballesta mostra uma comunidade vibrante de milhares de camarões narvais conectados por suas longas antenas externas, um comportamento social fundamental para o acasalamento e competição entre esses crustáceos. O registro foi feito nas águas profundas da costa mediterrânea da França.

8. Lince no Limiar, de Sergio Marijuán

Lince no Limiar, de Sergio Marijuán (Foto: Sergio Marijuán/Wildlife Photographer of the Year)

Lince no Limiar, de Sergio Marijuán (Foto: Sergio Marijuán/Wildlife Photographer of the Year)

Após ter diminuído consideravelmente em função da caça e perda de habitat, a população de linces-ibéricos (Lynx pardinus) escapou da extinção e, graças às práticas de conservação, agora está protegida na Península Ibérica de Espanha e Portugal.

Nesta foto, tirada através da porta de um palheiro abandonado em uma fazenda no leste de Sierra Morena, na Espanha, um jovem lince-ibérico faz uma pausa em sua caminhada para observar os arredores.

9. A Grande Natação, de Buddhilini de Soyza

A Grande Natação, de Buddhilini de Soyza (Foto: Buddhilini de Soyza/Wildlife Photographer of the Year)

A Grande Natação, de Buddhilini de Soyza (Foto: Buddhilini de Soyza/Wildlife Photographer of the Year)

Nadadores fortes: cinco irmãos chitas (Acinonyx jubatus) machos se esforçam para cruzar um rio inundado na Reserva Maasai Mara, no Quênia. O local é uma das poucas fortalezas restantes no mundo para a população desses animais, mas eles ainda enfrentam ameaças regionais, incluindo perda de habitat, esgotamento de presas e conflitos com humanos.

10. Uma Mão Carinhosa, de Douglas Gimesy

Uma Mão Carinhosa, de Douglas Gimesy (Foto: Douglas Gimesy/Wildlife Photographer of the Year)

Uma Mão Carinhosa, de Douglas Gimesy (Foto: Douglas Gimesy/Wildlife Photographer of the Year)

Órfã com apenas três semanas de idade, uma raposa-voadora de cabeça cinzenta (Pteropus poliocephalus) repousa em um abrigo para animais selvagens na Austrália, após se alimentar com uma fórmula especial de leite.

Endêmicos do leste australiano, estes morcegos desempenham um papel fundamental na dispersão de sementes e polinização na região, mas estão ameaçados pelo aumento de eventos de estresse térmico, destruição de seu habitat florestal e invasão da vida urbana.

11. Cogumelo Mágico, de Jurgen Freund

Cogumelo Mágico, de Jurgen Freund (Foto: Jurgen Freund/Wildlife Photographer of the Year)

Cogumelo Mágico, de Jurgen Freund (Foto: Jurgen Freund/Wildlife Photographer of the Year)

Um fungo-fantasma (Omphalotus nidiformis) floresce em corpos frutíferos do tamanho de uma mão em uma árvore morta na floresta tropical de Queensland, na Austrália. Não foi nada fácil captar a cena: o alemão Jurgen Freund precisou passar 90 minutos agachado no chão úmido e escuro para fotografar o fungo em diferentes pontos focais.

Depois de oito exposições de cinco minutos, o fotógrafo fundiu as fotos e criou uma imagem de foco nítido que expõe uma das características mais intrigantes do fungo-fantasma, um cogumelo capaz de produzir luz por meio da oxidação de enzimas — a razão pela qual ele brilha, no entanto, ainda é um mistério para a ciência.