• Redação Galileu
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A Agência Espacial Europeia (ESA) planeja colocar satélites na Lua para ajudar em futuras missões lunares (Foto: ESA)

A Agência Espacial Europeia (ESA) planeja colocar satélites na Lua para ajudar em futuras missões lunares (Foto: ESA)

A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou na quinta-feira (20) que está apoiando dois consórcios europeus de empresas para instalar uma constelação de satélites na órbita da Lua, chamada Moonlight. O sistema tem previsão para começar a funcionar no fim da década de 2020.

O projeto está sendo elaborado pois a ESA prevê que a Lua logo irá se tornar um destino agitado para futuras missões em seus arredores. A intenção é que os satélites Moonlight ajudem a fornecer serviços de telecomunicações e navegação que ajudarão na exploração, com a chegada de astronautas e visitantes espaciais.






De acordo com o site Space.com, funcionários da ESA informaram que a constelação de satélites tornará mais fácil e barato o surgimento de uma economia lunar. “Como todos nós nos acostumamos a reuniões virtuais, quem sabe? Poderíamos realizar chamadas via Skype na Lua”, sugeriu Elodie Viau, diretora de telecomunicações e aplicações integradas da agência, em coletiva de imprensa.

A ESA cita também que um serviço de comunicação lunar confiável poderá ajudar radio astrônomos a montarem observatórios no lado oculto da Lua. Além do mais, rovers e outros equipamentos poderão deslizar com maior rapidez e serem teleoperados diretamente da Terra.

“Organismos comerciais poderiam usar tecnologias inovadoras desenvolvidas para a Lua para criar novos serviços e produtos na Terra, o que criaria novos empregos e aumentaria a prosperidade”, diz a agência, em comunicado.

Representação do sistema de comunicação lunar em contato com equipamentos da Terra (Foto: ESA)

Representação do sistema de comunicação lunar em contato com equipamentos da Terra (Foto: ESA)

Até agora, a entidade fechou dois contratos para estudar o projeto ano que vem. “A ideia é que seja um dos projetos que vamos levar ao conselho dos estados membros da ESA em 2022, para propormos que seja implementado”, conta David Parker, diretor de exploração humana e robótica na Lua. Segundo ele, a constelação de satélites pode começar a ser desenvolvida já no início de 2023.







A Moonlight será composta de três a quatro satélites, mas este número poderá aumentar. A operação do sistema ficará a cargo do setor privado, que pode vender o serviço à ESA ou a outros clientes da área. Os aparelhos do sistema poderão se comunicar com outros equipamentos na órbita terrestre, levando dados terrestres para controlar veículos lunares.

“Um sistema de navegação e telecomunicações robusto, confiável e eficiente tornará as dezenas de missões individuais planejadas para a Lua mais econômicas e permitirá que países menores se tornem nações com viagens espaciais, inspirando a próxima geração de cientistas e engenheiros”, afirma Viau.