• Redação Galileu
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Mapa global de minhocas foi feito com dados de mais de 140 cientistas (Foto: Wikimedia Commons)

Mapa global de minhocas foi feito com dados de mais de 140 cientistas (Foto: Wikimedia Commons)

Dados coletados por 141 cientistas de 35 países ajudaram a criar o primeiro mapa global sobre onde vivem as minhocas, que foi publicado na revista Science Magazine. Esses animais são importantes para os ecossistemas do planeta, pois ajudam a reciclar nutrientes e movem o ar e a água para o solo. Sem eles, a saúde do solo sofreria e a produtividade das plantas caíria. 

Helen Phillips, ecologista do Centro Alemão para Pesquisa Integrativa em Biodiversidade, e seus colegas contataram o maior número possível de pesquisadores de minhocas de todo o mundo. A intenção era obter dados sobre as minhocas nas regiões onde cada cientista vive.  

Os especialistas forneceram informações sobre mais de 6.900 locais em 57 países. "Havia cerca de três vezes mais dados do que eu esperava", comentou Phillips em comunicado.

Os pesquisadores do Centro Alemão para Pesquisa Integrativa em Biodiversidade descobriram que a temperatura e a quantidade chuvas parecem ter uma influência maior sobre os lugares onde as minhocas preferem viver. Isso significa que as mudanças climáticas vão impactar a vida abaixo da superfície mais do que era esperado. 

A distribuição de diferentes espécies de minhocas também foi surpreendente: quando se trata de vida acima do solo, os trópicos têm a maior biodiversidade. Mas no subsolo, as regiões constantemente quentes são menos diversificadas.

Já os solos ricos da Europa, o nordeste dos Estados Unidos, o extremo sul da América do Sul e as áreas sul da Nova Zelândia e da Austrália abrigam mais minhocas. São até 150 animais por metro quadrado, contra apenas cinco por metro quadrado nos trópicos. 

Com as descobertas, os cientistas planejam começar a elaborar planos de conservação para vermes e outros organismos que integram a vida acima e abaixo do solo.