• Redação Galileu
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Criança dormindo e segurando ursinho (Foto: Snapware/Pexels)

Criança dormindo e segurando ursinho (Foto: Snapware/Pexels)

Uma pesquisa realizada por pesquisadores norte-americanos se propôs a descobrir a que barulhos as crianças estão mais atentas e se, em caso de haver algum acidente em casa e elas estiverem dormindo, o som do alarme será eficaz.

A conclusão, publicada na revista The Journal of Pediatrics, é a de que as crianças são três vezes mais propensas a acordarem com uma gravação de voz da mãe do que com o alarme. Isso também provoca uma reação mais rápida, o que seria mais efetivo durante uma possível fuga em uma emergência. 

O estudo foi feito com 176 crianças de cinco a 12 anos, sendo que nenhuma delas apresentava problemas auditivos e não estavam tomando medicamentos que afetassem o sono.

Durante o experimento, elas ouviram quatro diferentes tipos de alarme de fumaça: o "beep" tradicional, uma gravação da voz da mãe as chamando pelo nome, uma gravação com instruções como "Acorde! Saia do quarto!" e, por fim, a gravação que fazia o uso dos dois, do nome das crianças e das instruções.

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“Alarmes de alta frequência não acordam bem as crianças com menos de 12 anos de idade”, afirmou ao jornal The Guardian o Dr. Gary Smith, coautor da pesquisa do Hospital Infantil Nationwide em Ohio.

O estudo revela também que chamar pelo nome na criança, ou não, não afeta a efetividade do alarme de voz. Agora, o grupo de pesquisadores quer comparar a eficácia de gravações com outras vozes para saber se o gênero importa nesses casos.

Cada criança dormiu em um laboratório que imitava um quarto real, foi equipada com eletrodos, para que os cienitsas acompanhassem as suas reações e foi orientada sobre a rota de fuga antes de ir dormir.

Os resultados mostram que o alarme de voz é mais efetivo do que o alarme de alta frequência: 90% acordaram com a voz da mãe e 53% com o beep. Além disso, 85% das crianças sairam do quatro em menos de cinco minutos ao ouvirem o alarme maternal, enquanto apenas 50% o fizeram com alarme tradicional.

A rapidez com que as crianças agiram também diferente para cada caso: o alarme de voz fez com que elas acordassem, em média, em dois segundos. Já com o alarme de beep, elas levaram cerca de dois minutos e meio.

O estudo pode ajudar a desenvolver melhores alarmes de segurança, mas membros do corpo de bombeiros da Inglaterra afirmam que os alarmes atuais ainda assim salvam muitas vidas.

“Sabemos que os alarmes de fumaça salvam vidas. Eles alertarão os ocupantes cedo, se estiverem funcionando e se forem instalados no local correto. Isso dá aos adultos, pais ou responsáveis a oportunidade de acordar as crianças e sair de casa”, afirma Rick Hylton, do Conselho Nacional dos Chefes de Bombeiros britânico.

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