• Redação Galileu
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Micrografia eletrônica de cérebro de camundongo. Mitocôndria aparece destacada em azul (Foto: Mikaela Laine/PLOS Genetics)

Micrografia eletrônica de cérebro de camundongo. Mitocôndria aparece destacada em azul (Foto: Mikaela Laine/PLOS Genetics)

Pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, descobriram uma ligação entre os sintomas iniciais da ansiedade e mudanças nas mitocôncrias, responsáveis por fornecer energia às células. O estudo se baseou em testes com camundongos e foi publicado na revista PLOS Genetics.

Muitas vezes, quadros de ansiedade são desencadeados por situações estressantes e tristes, como a perda de alguém querido. Contudo, nem todas as pessoas que experimentam eventos estressantes desenvolvem o distúrbio. E é isso que os cientistas finlandeses querem entender. 

A equipe analisou ratos que desenvolveram sintomas de ansiedade e depressão após serem expostos a altos níveis de estresse. Os experts observaram mudanças na atividade genética e na produção de proteínas em uma região do cérebro importante para a resposta ao estresse e à ansiedade.

Analisando ainda mais a fundo o que foi encontrado, os cientistas perceberam que as alterações ocorreram nas mitocôndrias das células cerebrais dos camundongos expostos ao estresse. O grupo controle, que não foi exposto a situações do tipo, não sofreu qualquer mudança.

Os especialistas testaram, ainda, amostras de sangue coletadas de ratos com síndrome do do pânico após uma crise. Assim como os ratinhos ansiosos, também foram observadas diferenças na atividade mitrocondrial. 

"Pouco se sabe sobre como o estresse crônico pode afetar o metabolismo da energia celular e, assim, influenciar os sintomas de ansiedade", disse Iiris Hovatta, membro do estudo, em comunicado. Mas, segundo a pesquisadora, os achados podem servir para investigar novos tipos de terapias para doenças relacionadas ao estresse.