Saúde
Eficácia da CoronaVac em pessoas com comorbidade supera 97%, diz estudo
Resultado preliminar foi obtido por pesquisadores com base em um acompanhamento de 5 mil profissionais de educação e segurança pública vacinados em Manaus (AM)
1 min de leituraDados iniciais do estudo CovacManaus, que está sendo realizado em Manaus (AM) ressaltam a enorme importância da vacinação em pessoas com comorbidades. Nesse grupo, a proteção contra Covid-19 da vacina CoronaVac foi superior a 97%, considerando infecções, hospitalizações, internações em UTI e mortes.
Os resultados se basearam em uma amostra de 5 mil profissionais de educação e de segurança pública da rede estadual, com idades entre 18 e 49 anos. As principais comorbidades apresentadas pelos participantes eram obesidade (72%), diabetes (54%), hipertensão arterial (36%) e imunossupressão (27%).
A pesquisa acompanhou os indivíduos por seis meses e está agora em fase de monitoramento. Entre os voluntários vacinados, 2,6% teve infecções causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2. Mas um total de 91% deles apresentou anticorpos detectáveis após tomarem a primeira dose, e 99,8% após a segunda dose.
Além disso, a vacinação protegeu bem contra hospitalizações, pois somente 0,1% dos vacinados foram internados com Covid-19. O índice de admissões em UTIs, aliás, também foi bem baixo: apenas 0,04%. E só um único óbito foi confirmado, o que representa apenas 0,02% dos indivíduos imunizados com CoronaVac.
Para o coordenador da pesquisa, Marcus Lacerda, os resultados surpreenderam. “É importante lembrar que a população vacinada no estudo é de pessoas que apresentam comorbidades, portanto esperávamos uma quantidade maior de infectados, hospitalizados e óbitos entre esses mais de 5 mil participantes", afirma em comunicado ele, que é médico infectologista da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).
Lacerda conta ainda que as próximas etapas do estudo serão a coleta de novos exames de pacientes, que serão realizados conforme agendamento. A ideia dos pesquisadores é entender em breve se há necessidade de uma terceira dose de reforço da CoronaVac.