Ciência
Minorias têm menor chance de conseguir financiamento para pesquisas
Para chegar a conclusão, trabalho analisou concessões de bolsas de estudo nos Estados Unidos
2 min de leitura![(Foto: Pixabay) Laboratório (Foto: Pixabay)](http://s2.glbimg.com/Zg9lQ6AWyrk4MQ3ecXsQQfcrG-w=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2018/03/02/laboratory-2815641_1920.jpg)
(Foto: Pixabay)
Um preconceito persistente continua a influenciar o número de bolsas concedidas a minorias pelo principal sistema de financiamento de pesquisas biomédicas norte-americano, o US National Institutes of Health.
Dados obtidos por dois pesquisadores da Universidade da Califórnia mostram que, desde 1985, as chances de conseguir subsídios são menores para negros, asiáticos, índios e mulheres do que para cientistas brancos.
Como resposta, o NIH lançou em 2012 um projeto para treinar mais cientistas que representam minorias. Com duração prevista para dez anos, a agência pretende investir US$ 500 milhões. “Um dos problemas é que o processo é baseado em um sistema em que pesquisadores ranqueiam as pesquisas que merecem ser financiadas”, diz Sam Oh, um dos autores do estudo. “Mas como é um sistema feito por humanos, é suscetível a erros e a preconceito.”
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Essa realidade impacta não apenas nas instituições acadêmicas. Estudo realizado pela revista Harvard Business Review indica que as mulheres compõem 41% dos empregos ligados a tecnologia e ciência nos Estados Unidos. No entanto, 52% delas abandonam a área — o ambiente machista é um dos principais fatores que as levam a desistir de seus empregos.
No Brasil, não é diferente. Uma pesquisa realizada com exclusividade pela GALILEU em 2015 aponta que, nas maiores universidades do Brasil, o número de alunas na graduação é maior que o número de mulheres no corpo docente — o que sugere que essas alunas desistem em algum ponto entre a graduação e o doutorado. Na área de biologia, elas representam 61% dos alunos e 44% do total de docentes. Na física, são 21% dos estudantes e 16% dos professores, e na química são 56% dos alunos e apenas 37% dos docentes.
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