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 (Foto: Karen Moreno / Plus One)

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Uma pegada humana de 15,6 mil anos foi encontrada em Osorno, sul do Chile. A descoberta fornece mais evidências de que as pessoas chegaram às Américas muito antes do fim da Era do Gelo.

Isso porque, até então, a evidência mais antiga da população da América do Sul tinha pelo menos mil anos a menos que a pegada recentemente encontrada. "Embora ainda existam controvérsias, evidências do povoamento da América do Sul durante o Plestoceno [período compreendido entre 2,588 milhões e 11,7 mil anos atrás] tardio estão ganhando mais aceitação com base em pesquisas interdisciplinares renovadas em sítios arqueo-paleontológicos clássicos ou recentemente descobertos", afirma o estudo.

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O sítio de Osorno contém restos de mastodontes e cavalos, animais comumente caçados, e pedras — que podem ter sido ferramentas —, o que criou as suspeitas de que humanos poderiam ter vivido ali em tempos muito antigos. Por isso a equipe de Karen Moreno, da Universidade Austral do Chile, resolveu estudar a localidade, e acabou descobrindo a marca no solo em 2011.

 (Foto: Karen Moreno / Plus One)

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Foram necessários oito anos e nove experimentos para que o time determinasse a idade e a procedência da marca. Segundo os especialistas, a pegada só pode ter sido feita por um homem de mais ou menos 70 quilos, já que nenhum animal da América do Sul produziria algo semelhante.

Embora a pegada em si não possa ser datada, a camada de sedimentos em que foi encontrada estava acompanhada de sementes, madeira e um pedaço de crânio de mastodonte, que fornecem uma idade consistente. Moreno atribuiu a pegada ao Hominipes modernus, classificação dada a parentes relativamente próximos dos Homo sapiens.

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