• Redação Galileu
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Azeite de oliva extra virgem  (Foto: Pixabay)

Azeite de oliva extra virgem (Foto: Pixabay)

Pesquisadores da Temple University, dos Estados Unidos, descobriram que consumir azeite de oliva extra virgem pode evitar o desenvolvimento de várias formas de demência. A descoberta foi publicada no periódico científico Aging Cell.






Os cientistas criaram uma dieta especial com azeite de oliva e a deram para camumdongos adultos, de idades que correspondem à de humanos de 30 a 40 anos. Seis meses depois, os roedores apresentaram 60% menos chance de desenvolverem taupatias – doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Mal de Parkinson.

Em comparação com os ratos que não receberam a dieta, os animais que consumiram o azeite se saíram melhor em testes de aprendizado e memória. Os especialistas analisaram o tecido cerebral dos bichos e viram que aqueles que consumiram o produto tinham melhor funcionamento do cérebro.

O benefício neurológico ocorria, pois havia uma conexão mais eficiente nas regiões onde passam os impulsos nervosos, conhecidas como sinapses. Os cientistas acreditam que a maior eficiência das sinapses ocorreu devido ao aumento do nível de uma proteína, chamada de complexin-1.

Pesquisador Domenico Praticò, diretor do Centro de Alzheimer da Temple University (Foto: Temple University)

Pesquisador Domenico Praticò, diretor do Centro de Alzheimer da Temple University (Foto: Temple University)

Em comunicado, Domenico Praticò, diretor do Centro de Alzheimer da Temple University, disse que as razões que estão por trás do benefício do azeite ainda não são compreendidas por completo.

O novo estudo pode ajudar a entender melhor essa relação. “A percepção de que o azeite de oliva extra virgem pode proteger o cérebro contra diferentes formas de demência nos dá a chance de aprender sobre os mecanismos por meio dos quais ele sustenta a saúde cerebral”, ele afirmou.

O próximo passo da pesquisa será alimentar ratos idosos com o azeite de oliva para verificar se, assim como nos roedores adultos, a dieta rica no alimento também pode diminuir as chances do desenvolvimento de demências.