• Redação Galileu
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Radiação ultravioleta C é eficaz contra o Sars-CoV-2, aponta estudo (Foto: Hiroshima University)

Radiação ultravioleta C é eficaz contra o Sars-CoV-2, aponta estudo (Foto: Hiroshima University)

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Hiroshima, no Japão, descobriu que a luz ultravioleta C (UVC) com comprimento de onda de 222 nanômetros, o mais seguro para uso em humanos, mata o Sars-CoV-2. A pesquisa é a primeira a provar a eficácia do método contra o novo coronavírus e foi publicada em setembro no American Journal of Infection Control.

Até agora, outras análises haviam identificado a efetividade da UVC contra outros tipos de coronavírus semelhantes ao Sars-CoV-2, mas não contra causador da Covid-19 em si. No novo estudo, os cientistas realizaram um experimento in vitro e constataram que 99,7% da cultura viral de Sars-CoV-2 testada morreu após uma exposição de apenas 30 segundos à irradiação UVC.

Segundo os estudiosos, um comprimento de onda de 222 nm UVC não pode penetrar na camada externa (e não viva) do olho humano e da pele. Assim, não causa danos às células abaixo dela. Isso torna o método uma alternativa mais segura, mas igualmente potente, em comparação com as lâmpadas germicidas UVC de 254 nm usadas na desinfecção de instalações de saúde.

Como explicam os especialistas, os raios UVC de 254 nm prejudicam o tecido humano, o que possibilita seu uso apenas em ambientes vazios. Dessa forma, os raios UVC de 222 nm podem ser um sistema de desinfecção promissor para espaços públicos ocupados, incluindo hospitais.

Os cientistas apontam, entretanto, que uma avaliação mais aprofundada é necessária para comprovar a segurança e a eficácia da irradiação UVC de 222 nm em matar o Sars-CoV-2 em superfícies do mundo real, já que o estudo investigou apenas sua ação in vitro.