• Redação Galileu
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Imagem da atmosfera do maior planeta gasoso após ter suas cores editadas por um cientistas amardor (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS / Processamento de imagem por Brian Swift © CC BY)

Imagem da atmosfera do maior planeta gasoso após ter suas cores editadas por um cientistas amardor (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS / Processamento de imagem por Brian Swift © CC BY)

Uma nova imagem do 43º sobrevoo da missão Juno da Nasa em Júpiter mostra a atmosfera do maior planeta do nosso Sistema Solar. A foto publicada no site ofical da Nasa foi processada pelo cientista cidadão Brian Swift, que aprimorou as cores e contrastes da imagem, deixando os vórtices do polo norte do planeta mais nítidos.

Segundo a agência espacial norte-americana, os vórtices podem pertencer a poderosas tempestades que ocorrem a mais de 50 quilômetros de altura e centenas de quilômetros de diâmetro. Compreender como e por que elas ocorrem é fundamental para entender a atmosfera de Júpiter e a dinâmica dos fluidos e química da atmosfera do planeta.

Há interesse nas variadas formas, tamanhos e cores presentes nos vórtices das imagens atuais. Isso porque as cores ajudam a determinar diferentes tipos de ciclone. Os ciclones giram no sentido anti-horário no hemisfério norte e no sentido horário no hemisfério sul. Já os anticiclones fazem o contrário, girando sentido horário no hemisfério norte e no sentido anti-horário no hemisfério sul. Ambos se distinguem pelas cores e formas muito diferentes.

Outro dado importante para entender mais sobre o planeta gasoso é como a espaçonave estava no momento em que o clique foi feito. Apelidada de Juno, assim como a missão, a nave estava a cerca de 25.100 quilômetros acima dos topos das nuvens de Júpiter, a uma latitude de cerca de 84 graus.

Os dados sobre a inclinação da nave no momento da captura de imagem são importantes para entender a complexa agitação da atmosfera, que será desvendada com a ajuda de outros cientistas cidadãos, como Brian Swift.

Iniciativas da Nasa

A missão Juno teve início em 2016 e foi estendida até 2025. No final de setembro deste ano, a nave fará um sobrevoo da lua de Júpiter, Europa, ficando a apenas 355 quilômetros da lua gelada, para captar mais imagens que possam auxiliar a ciência.

O projeto Ciência Cidadã é uma iniciativa da Nasa que ajuda membros voluntários para identificar e ajudar a categorizar vórtices e outros fenômenos climáticos de imagens de expedições. Dentro dele, existe o “Jovian Vortex Hunter” voltado apenas para identificação de fenômenos nas fotos JunoCam de Júpiter. Para participar não é necessário nenhum treinamento ou software especializado: pode ser feito por qualquer pessoa, em qualquer lugar, ao entrar no site do projeto Jovian Vortex Hunter.