• Redação Galileu
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Ser positivo aumenta a expectativa de vida, segundo pesquisadores (Foto: Reprodução/Pixabay)

Ser otimista aumenta a expectativa de vida, segundo pesquisadores (Foto: Reprodução/Pixabay)

Ter um estilo de vida baseado em pensamentos positivos pode garantir mais alguns anos de vida, ao menos em mulheres. É o que indica um estudo publicado na revista acadêmica Journal of the American Geriatrics Society, nesta quarta-feira (8).

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unifos, observaram que, mesmo o otimismo sendo algo influenciado por fatores sociais, manter uma atitude positiva é benéfico independentemente de raça e etnia, por exemplo.

“Nossas descobertas sugerem que há valor em focar em fatores psicológicos positivos, como possíveis novas maneiras de promover a longevidade e o envelhecimento saudável em diversos grupos”, diz Hayami Koga, doutoranda no Departamento de Ciências Sociais e Comportamentais na Escola Chan de Saúde Pública de Harvard, em comunicado.

Em um estudo anterior, o grupo de pesquisa havia determinado que o otimismo estava ligado a uma vida útil mais longa, que foi definida como viver além dos 85 anos de idade. Entretanto, por terem analisado principalmente populações brancas naquele estudo anterior, Koga e seus pares entenderam a necessidade de incluir mulheres de todos os grupos raciais e étnicos.

Positividade e longevidade

Para esta pesquisa, a equipe analisou dados e respostas de aproximadamente 160 mil mulheres participantes da Women's Health Initiative, que incluiu norte-americanas na pós-menopausa

Os resultados mostraram que as 25% mais otimistas provavelmente teriam uma expectativa de vida 5,4% maior e uma probabilidade 10% maior de viver além dos 90 anos do que as 25% menos otimistas.

Essas tendências se mantiveram verdadeiras mesmo depois de levar em consideração dados demográficos, condições crônicas e depressão. Fatores como exercícios regulares e alimentação saudável foram responsáveis por menos de 25% da associação entre otimismo e expectativa de vida, indicando que outros aspectos podem estar em jogo. 

 De acordo com Koga, incluir grupos diversos na pesquisa é importante para a saúde pública, porque muitos têm taxas de mortalidade mais altas do que as populações brancas. “Nós tendemos a nos concentrar nos fatores de risco negativos que afetam nossa saúde”, observa a pesquisadora. “Também é importante pensar nos recursos positivos, como o otimismo, que podem ser benéficos para nossa saúde, especialmente se percebermos que esses benefícios são vistos em grupos raciais e étnicos.”