Sociedade
Povoada por pinguins e leões marinhos, ilha nas Malvinas está à venda
Vendedores ainda não sabem quanto devem cobrar pela ilha de Pebble: região pertence a tataraneto de galês que realizou a compra há 150 anos
2 min de leituraEnquanto Reino Unido e Argentina não chegam a um acordo sobre a quem pertence as ilhas Falkland, ou Malvinas, conforme cada um dos lados a denomina, uma parte dela, a ilha Pebble, foi colocada à venda. Comprada pelo galês John Markham Dean há 150 anos, seu tataraneto, Sam Harris, acredita que é hora de se desfazer do bem.
Com 32 quilômetros de comprimento e seis de largura, a ilha é a última que restou em propriedade da família. Ela foi adquirida em 1869 por apenas 400 libras juntamente com outras ilhas menores com o intuito de montar um negócio para vender peixes curados.
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Nenhum membro da família vive na ilha desde os anos 50, e agora é administrado pela mãe de Harris, Claire, do Reino Unido. "Minha esposa, Lowri e eu fomos lá em 2011, e tivemos uma afinidade íntima com a ilha. Falamos sobre morar lá e assumir o lado da hospitalidade da ilha, mas aconteceu de termos filhos”, contou Harris à BBC.
"Foi uma decisão difícil, mas se resume ao fato de que minha mãe e meu pai não estão em condições de continuar administrando isso”, continuou. “Vai ser difícil dizer adeus a isso."
Sua dor não é à toa. A Ilha Pebble é a terceira maior das Malvinas, com montanhas, lagos, seis quilômetros de praias e falésias. Possui cinco espécies diferentes de pinguins, 42 espécies de aves e uma comunidade de leões marinhos.
A criação de animais é o forte por lá. Uma centenária fazenda de ovelhas conta com 6 mil animais, além de 125 bois. "É um lugar incrível", disse Harris. "Infelizmente, tornou-se muito difícil de gerenciar."
Os vendedores ainda não sabem quanto cobrar pela ilha, no entanto. “"Fomos a uma agência imobiliária para obter valor, mas eles não puderam valorizá-la porque nós a possuímos há muito tempo. Não há valores recentes que possam servir de base, então estamos abertos a ofertas."
O único pré-requisito é que o futuro proprietário de continuidade à vocação agrícola da ilha. "Queremos que seja desenvolvido por alguém que realmente se importe com isso", disse Harris à BBC. "A ilha produz muita lã, boa parte da qual vai para o Reino Unido, então uma base agrícola seria útil.”
Além disso: "Tem grande potencial de turismo, pois há uma grande base do exército lá, mas também muitos animais na ilha e alguns que precisam ser cuidados”, completou.
E aí? Vale raspar o cofre para tentar se tornar proprietário de sua ilha particular?
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