• Redação Galileu
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Pillar of Shame (Hong Kong) (Foto: Studio Incendo via Wikimedia Commons)

Pillar of Shame na Universidade de Hong Kong (Foto: Studio Incendo via Wikimedia Commons)

Exposto há mais de 20 anos na Universidade de Hong Kong, um monumento às vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen), ocorrido em Pequim, terá que ser removido do local. A instituição enviou uma carta legal a membros da Hong Kong Alliance in Support of Patriotic Democratic Movements of China, grupo que foi dissolvido no último mês de setembro.

A aliança se reunia anualmente no local para homenagear as vítimas, mortas por tropas do governo chinês enquanto protestavam a favor da democracia, em 1989. De acordo com a universidade, o grupo tem até o dia 13 de outubro para tirar a obra de lá. "Se não removerem a escultura, será considerada como abandonada", diz a carta.

A universidade não teceu comentários sobre o motivo da remoção. O que se sabe é que o monumento desagrada o governo chinês. Até hoje, o massacre da Praça da Paz Celestial é um assunto muito espinhoso no país e a escultura da Universidade de Hong Kong é o único monumento às vítimas.

Batizado de Pillar of Shame, que significa pilar da vergonha, a obra mostra dezenas de corpos empilhados. Ela foi feita pelo escultor dinamarquês Jens Galschiot.

O número de mortos no protesto de 1989 nunca foi oficialmente divulgado, mas fala-se em centenas e até milhares. Todos os anos, no dia 4 de junho, multidões de chineses se reúnem para não deixar a data do massacre passar em branco.

Pillar of Shame - Hong Kong (Foto: Jimaociedan via Wikimedia Commons)

Pillar of Shame - Hong Kong (Foto: Jimaociedan via Wikimedia Commons)