Sociedade
5 sociedades alternativas que desafiam o modelo capitalista
Conheça exemplos reais de formas diferentes de organização social, política e econômica que buscam fugir do método dominante de produção e consumo
2 min de leitura![5 sociedades alternativas que desafiam o modelo econômico dominante (Foto: Ilustração: Luli Tolentino ) 5 sociedades alternativas que desafiam o modelo econômico dominante (Foto: Ilustração: Luli Tolentino )](http://s2.glbimg.com/tGefFTSGPzDDzDXVTieL2KNjzu4=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/06/10/desenho.png)
5 sociedades alternativas que desafiam o modelo econômico dominante (Foto: Ilustração: Luli Tolentino )
Com a exaustão dos recursos naturais do planeta e as progressivas crises econômicas e sociais, está cada vez mais urgente pensar em novas maneiras de organização e de saídas para evitar um possível "fim do mundo" como o conhecemos.
Um exemplo é o método inclusivo de gestão pública chamado Orçamento Participativo de Porto Alegre, reconhecido internacionalmente como uma iniciativa com potencial de transformação social e ambiental.
Saiba mais sobre esse e outros formatos alternativos de organização social, política e econômica:
1. Take Back Your Time
O escritor, professor e documentarista estadunidense John de Graaf é um dos criadores do movimento Take Back Your Time (“Recupere seu tempo”), que advoga por uma mudança global na cultura de trabalho para que as pessoas possam dedicar mais tempo a viver de forma saudável. O movimento acredita que reduzir a carga horária e aumentar o tempo de férias ajuda tanto a distribuir melhor a produtividade quanto a reduzir o estresse dos trabalhadores. E, com mais tempo livre, as pessoas conseguem fazer escolhas mais sustentáveis para elas e suas comunidades.
2. Dancing Rabbit
![Ecovila Dancing Rabbit (Foto: Dancing Rabbit/ Facebook) Ecovila Dancing Rabbit (Foto: Dancing Rabbit/ Facebook)](http://s2.glbimg.com/OBVX3nQ4o-P4xnUBo5I_QAFkoTw=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/06/10/173893171_3663219993787733_2337642494760245122_n.jpg)
Ecovila Dancing Rabbit (Foto: Dancing Rabbit/ Facebook)
Localizada no estado de Missouri (EUA), a comunidade Dancing Rabbit foi inaugurada em 1997 quando um grupo de vizinhos comprou um terreno de 113 hectares para construir uma ecovila 100% sustentável. De lá para cá, a comunidade chegou a 60 habitantes, que cultivam a própria comida e preparam as refeições juntos. E o projeto das moradias também deve seguir regras de sustentabilidade para design, materiais e técnicas utilizadas. A Dancing Rabbit planeja crescer para até 1 mil habitantes.
3. Banco Do Tempo
O Banco do Tempo foi criado para se contrapor ao sistema monetário como único meio de troca de produtos e serviços. É um sistema de economia solidária que funciona de maneira simples: troca-se tempo por tempo; todas as horas, independentemente da atividade exercida, têm o mesmo valor. O Banco do Tempo é estruturado em agências que centralizam a demanda e a oferta. Quem presta serviços recebe como pagamento um cheque correspondente às horas trabalhadas, que pode ser descontado em qualquer outro tipo de serviço.
4. Orçamento Participativo
![Sessão de assembléia do Orçamento Participativo de Porto Alegre (Foto: Flávio Dutra/ UFRGS ) Sessão de assembléia do Orçamento Participativo de Porto Alegre (Foto: Flávio Dutra/ UFRGS )](http://s2.glbimg.com/YnrrV-_32CrRDDI5REZsTXHezRw=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/06/10/flavio-dutra-3072-web.jpg)
Sessão de assembléia do Orçamento Participativo de Porto Alegre (Foto: Flávio Dutra/ UFRGS )
Considerado pelo sociólogo Eric Olin Wright um exemplo de iniciativa com potencial de transformação social e ambiental, o Orçamento Participativo de Porto Alegre foi criado em 1989. Seu objetivo é permitir que a própria população da capital gaúcha decida, de forma direta, a destinação dos recursos públicos a serem executados pela administração municipal. Funciona por meio de reuniões preparatórias e assembleias, em que são eleitos conselheiros e delegados que representam os cidadãos em fóruns regionais e temáticos. O programa é considerado pela ONU uma das 40 melhores práticas de gestão pública do mundo.
5. Movimento Pelo Decrescimento
Os ativistas da ideia de decrescimento (degrowth) criticam o sistema capitalista atual, que busca o crescimento econômico às custas da exploração humana e da natureza. Em contraponto, propõem a priorização do bem-estar social e ambiental em detrimento aos lucros das corporações, à superprodução e ao consumo excessivo – medidas que afetariam diretamente indicadores como o PIB dos países. Atualmente, o movimento se organiza em eventos e produções acadêmicas que discutem a problemática e as soluções dentro do conceito de decrescer.