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Kim (Foto: Reprodução: Kim Kardashian/Instagram)

A agente secreta Kim Kardashian (Foto: Reprodução: Kim Kardashian/Instagram)

O governo do Irã acusou a modelo americana Kim Kardashian de ser uma agente secreta que visa corromper as mulheres do país. A ação faz parte do programa de repressão ao uso “não islâmico” do Instagram, comandado pela Unidade de Crimes Organizados do Ciberespaço da Corporação da Guarda Revolucionária do Irã.

O porta-voz da organização, Mostafa Alizadeh, afirmou em um noticiário local que mulheres e jovens do país estão sendo alvos de repressão por postarem fotos que não se enquadram no estilo de vida islâmico. Os estrangeiros também estão na mira por causa de sua influência com as famílias iranianas.

As autoridades do país acreditam que, a pedido do CEO do Instagram, Kim Kardashian estaria impondo seu estilo ocidental. “Não há dúvidas de que existe um apoio financeiro [entre o Instagram e Kim]. Estamos levando isso muito a sério”, afirmou Alizadeh, no noticiário. Kim Kardashian não comenta as acusações.

A perseguição continua

Enquanto isso, o governo continua prendendo pessoas investigadas por seus posts do Instagram, principalmente mulheres sem o cabelo coberto — o que contraria às leis do país.

A lista de pessoas investigadas pelos posts já soma 170, e inclui, principalmente, modelos, designers, maquiadores e fotógrafos. Como lembrou o jornal The Guardian, o líder Ayatollah Ali Khamenei ordenou que a atividade de modelagem fosse aceita no país, há dois anos. Isso gerou um boom na indústria da moda e gerou desconforto entre os religiosos.

Segundo o procurador Javad Babaei, as contas de agências de modelos no Irã já somam 20% do total do Instagram. “Elas espalham imoralidade, promiscuidade e uma cultura não islâmica”, afirmou Babaei à BBC.

Uma das presas demonstrou remorso, em uma entrevista na TV local, afirmando: “Podem ter certeza que nenhum homem no mundo iria querer se casar com uma mulher que fez fama por perder a honra”.

Via NY Mag.