Detectores de metal revelaram artefatos arqueológicos inéditos, que datam do século 2, na cidade de Księżopol, na Polônia. Os itens mais raros são denários, ou moedas de prata do Império Tomano. Três delas estão gravadas com o rosto do imperador romano Antonino Pio (86 d.C. - 161 d.C.), e foram cunhadas entre os anos 138 e 161.
Outra moeda de prata, cunhada em 174, continha a representação do rosto do imperador Marco Aurélio (121 d.C. - 180 d.C.). Ainda, foi encontrado um pedaço de moeda com o rosto de Antonino Pio e um denário considerado raro por ter o dobro do tamanho normal. Este contém o rosto da imperatriz Herennia Cupressenia Etruscilla e também estava cortado. É provável que o corte tenha sido feito durante uma transação comercial.
Os denários eram as moedas de maior circulação no Império Romano. Um denário representava o pagamento correspondente a um dia de trabalho. A moeda foi vigente ao longo de 400 anos de história.
A região onde estavam os objetos tem entre 4 e 5 hectares de tamanho. A quantidade de objetos encontrada levou pesquisadores a acreditar que essa é uma área arqueológica desconhecida até então, com pontos de conservação valiosos para a ciência.
Além das moedas, as escavações revelaram fíbulas, facas e vários tipos de ferramentas, bem como fragmentos de cerâmica. Os objetos foram levados para o Conservador de Monumentos da Voivodia de Lublin, na Polônia, para análise de especialistas.
Denários falsificados também foram encontrados na escavação e teriam sido feitos pelos visigodos germânicos, que eram considerados povos bárbaros pelos romanos. Já os fragmentos de cerâmica correspondem, em sua maioria, a peças do final do período romano, sendo um deles do início da Idade Média.