Biologia

Por Redação Galileu

Cartilaginosos e considerados parentes distantes de tubarões e raias, os quimeriformes estão entre os peixes mais antigos ainda vivos e remontam a cerca de 300 a 400 milhões de anos atrás. Recentemente, cientistas descobriram um novo membro desse grupo: o Chimaera supapae, descrito em 6 de março na revista Raffles Bulletin of Zoology.

“Havia apenas 53 espécies de quimera conhecidas no mundo, agora são 54”, afirma por e-mail ao site LiveScience o líder do estudo, David Ebert, diretor do programa do Centro de Pesquisa Pacific Shark da Universidade Estadual de San Jose, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Os quimeriformes também são chamados de “tubarões fantasmas”, devido aos seus olhos grandes e refletores, ou “peixes-rato”, devido ao formato do corpo. Eles habitam as profundezas do oceano, geralmente no mínimo a 500 metros de profundidade. Além disso, alimentam-se de crustáceos, moluscos e minhocas.

O Chimaera supapae foi encontrado na costa da Tailândia, no mar de Andamão, a uma profundidade entre 772 e 775 metros. “Quimeras são raras nessa região do mundo”, comenta Ebert.

O espécime de C. supapae estudado corresponde a um macho ainda imaturo. Ele foi nomeado em homenagem à tailandesa Supap Monkolprasit, cientista já falecida que deu grandes contribuições à pesquisa de peixes cartilaginosos.

"Chimaera supapae" foi encontrada no mar de Andamão, na Tailândia, uma região na qual esse tipo de peixe é considerado raro — Foto: David A. Ebert
"Chimaera supapae" foi encontrada no mar de Andamão, na Tailândia, uma região na qual esse tipo de peixe é considerado raro — Foto: David A. Ebert

O indivíduo chamou a atenção dos pesquisadores, que o reconheceram como uma nova espécie, graças à grande cabeça com um focinho pequeno e aos grandes olhos ovais. A análise de DNA também revela diferenças entre o C. supapae e outras quimeras.

O peixe examinado mede 51 centímetros. Seus olhos são grandes, iridescentes e verdes, e a pele apresenta um tom marrom escuro. Destacam-se ainda as largas barbatanas peitorais, que lembram uma franja ou um babado e provavelmente ajudam esse animal a se locomover em fundos rochosos.

“A descoberta de uma nova espécie como essa quimera nos mostra como sabemos pouco sobre o ambiente marinho e quanto ainda há para ser explorado”, diz o pesquisador.

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