Espaço

Por Redação Galileu

Em uma imagem de alta resolução em infravermelho, James Webb — o maior e mais poderoso telescópio já lançado pela humanidade — flagrou um par de jovens estrelas em formação ativa. O registro foi divulgado em comunicado nesta quarta-feira (26).

As estrelas, conhecidas como Herbig-Haro 46/47, estão a apenas 1.470 anos-luz, na constelação de Vela. Embora esses astros tenham sido estudados por muitos telescópios desde a década de 1950, tanto no solo quanto no espaço, este é o primeiro registro da dupla em alta resolução no infravermelho próximo — e o seu retrato mais detalhado.

Na imagem, é possível ver o par de estrelas dentro de uma mancha branca alaranjada. Basta traçar os picos de difração rosa e vermelho até atingir o centro, onde elas estão enterradas em um disco de gás e poeira.

Tal disco é invisível, mas sua sombra pode ser vista nas duas regiões escuras e cônicas que cercam as estrelas centrais na foto. Ele alimenta o crescimento desta jovem dupla estelar enquanto a mesma continua a ganhar massa.

Em laranja ardente, dá para ver os lóbulos que se espalham a partir das estrelas, isto é, o material expelido por elas à medida que elas ingerem e ejetam repetidamente o gás e a poeira que as cercam ao longo de milhares de anos.

O formato dos lóbulos muda quando o material de ejeções mais recentes (em azul semelhante a um fio) corre para o material mais antigo. “Esta atividade é como uma grande fonte d’água sendo ligada e desligada em uma sucessão rápida, mas aleatória, levando a padrões ondulantes na piscina abaixo dela”, compara o comunicado.

Além disso, a imagem mostra uma efervescente “nuvem azul” (que é quase totalmente preta na luz visível). Trata-se de uma região de poeira e gás denso, conhecida como nebulosa ou glóbulo de Bok. As bordas da nebulosa aparecem em um contorno laranja suave, como um “L” invertido ao longo da parte direita e inferior da imagem.

O glóbulo de Bok influencia as formas dos jatos disparados pelas estrelas centrais. À medida que o material ejetado atinge a nebulosa no canto inferior esquerdo, há mais oportunidades para os jatos interagirem com as moléculas dentro dela.

No canto superior direito da imagem, há uma “esponja” que parece separada do lóbulo maior. Formas quase transparentes, semelhantes a tentáculos, também parecem flutuar atrás desse lóbulo, como flâmulas em um vento cósmico. Em contraste, no canto inferior esquerdo, há um "arco" separado.

Um olhar atento pode notar ainda que a metade direita menor da imagem está ligeiramente inclinada em direção à Terra. O lado esquerdo, embora maior e mais brilhante, aponta para longe de nós.

Com Webb, será possível entender ainda melhor a atividade das estrelas – passado e presente – e espiar esta cena através da nebulosa azul empoeirada enquanto é possível. Ao longo de milhões de anos, o cenário mudará: as estrelas Herbig-Haro 46/47 se formarão completamente, limpando essas ejeções fantásticas e multicoloridas.

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