Saúde

Por Redação Galileu

O risco de hospitalização ou morte por Covid-19 é 88% menor por pelo menos 10 meses em pessoas que já tiveram uma infecção prévia, em comparação com quem nunca foi infectado pelo coronavírus. É o que mostra uma revisão de estudos publicada nesta quinta-feira (16) no periódico The Lancet.

Os autores da pesquisa revisaram 65 estudos de 19 países que compararam a redução do risco de Covid-19 entre dois grupos: um composto por indivíduos não vacinados com uma reinfecção pelo vírus; e outro de não imunizados sem uma infecção prévia até setembro de 2022.

A análise, que é a maior já feita até agora, sugeriu que a imunidade natural promove um nível e duração de proteção contra reinfecção, quadro sintomático e grave pelo menos iguais aos fornecidos por duas doses das vacinas de RNA mensageiro (mRNA) das farmacêuticas Moderna e Pfizer-BioNtech. Isso quando se trata da variante ancestral e das ceás alfa, delta e ômicron BA.1.

Contudo, a revisão mostra que a imunidade natural não persiste por muito tempo. Ao analisarem 21 estudos da amostra, os pesquisadores viram que a proteção contra uma reinfecção, considerando uma cepa anterior à ômicron, era de 85% após um mês — mas caiu para 79% após 10 meses. Já a proteção contra a variante Ômicron BA.1 era de 74% após um mês e caía para 36% dez meses depois.

Os resultados do estudo mostram, portanto, que a vacinação é uma maneira muito mais segura de adquirir imunidade do que depender apenas de uma infecção prévia. Conforme avalia Stephen Lim, líder da revisão, em comunicado, a aquisição dessa proteção natural pode ser arriscada, devendo “ser ponderada contra os riscos de doença grave e morte”.

Por outro lado, a análise de cinco estudos relatando quadros graves de Covid-19 (hospitalização e morte) mostra que a proteção natural parece ter durado mais: permaneceu alta por 10 meses. O índice se manteve em 90% para a variante ancestral do coronavírus e para as cepas alfa e delta; além de 88% para a ômicron BA.1.

Ainda assim, seis estudos considerando as sublinhagens da ômicron BA.2 e BA.4/BA.5 sugerem uma diminuição da proteção quando a infecção prévia era por uma variante pré-ômicron. Já quando a infecção anterior era pela própria Ômicron, a imunidade se manteve em um nível mais alto.

De acordo com Hasan Nassereldine, coautor da pesquisa, há uma imunidade cruzada mais fraca entre a ômicron e suas sublinhagens que “reflete as mutações que elas têm que as fazem escapar da imunidade acumulada mais facilmente do que outras variantes”.

Para o pesquisador, os dados limitados obtidos sobre a proteção da imunidade natural da ômicron e suas sublinhagens “ressaltam a importância da avaliação contínua, principalmente porque se estima que essas tenham infectado 46% da população global entre novembro de 2021 e junho de 2022”. Ele considera que mais estudos são necessários para avaliar a imunidade gerada por variantes emergentes e proteções combinadas de vacinação e infecção prévia.

Mais recente Próxima Estudo revela como privação de sono afeta a performance cognitiva
Mais de Galileu

A lista, que revela um registro de compra de móveis por diferentes pessoas, foi encontrada em meio a obras de restauração na cidade de Alalah, na Turquia

Encontrada lista de compras gravada em pedra de 3500 anos

Até 25% dos diagnósticos de câncer de pulmão vem de pessoas que nunca fumaram. Estudo brasileiro sugere que identificar mutações pode ajudar a tratar câncer pulmonar não relacionado ao tabagismo

6 mil brasileiros que nunca fumaram podem ter diagnóstico de câncer de pulmão

Em menos de uma semana, Alexandre Andrade de Almeida, de 17 anos, foi prata na Olimpíada Europeia de Física e na Olimpíada Internacional de Biologia

Brasileiro com autismo ganha duas medalhas em olimpíadas internacionais de ciências

Copernicus, programa meteorológico da União Europeia, indicou que a temperatura global chegou à média de 17,09ºC. Já são 13 meses consecutivos com o título de "mais quente da história"

Último domingo foi o dia mais quente desde 1940, diz serviço da União Europeia

Usando medicamentos disponíveis para astronautas na ISS, cientistas descobriram que 60% dos remédios mais comuns podem perder eficácia em missões de longa duração

Validade de remédios pode ser um problema em viagens longas ao espaço

Conclusão é de pesquisa da USP feita com 774 adeptos do veganismo residentes no Brasil. Resultados foram divulgados na revista JAMA Network Open

Veganos consomem nível adequado de proteínas, mas dependem de ultraprocessados

Na África, pesquisadores gravaram elefantes do sexo masculino emitindo um barulho específico para sinalizar movimentação de saída do bando; ouça

Pela 1ª vez, elefantes machos são flagrados dizendo "vamos lá" com estrondos

Ao todo, trajeto feito por Magdy Eissa pelas Novas Sete Maravilhas durou cerca de 6 dias e exigiu um planejamento prévio de quase um ano e meio; saiba mais

De transporte público, egípcio visita 7 maravilhas do mundo em tempo recorde

Arqueólogos subaquáticos acharam dez instrumentos afundados junto à carga de um veleiro, composta também por vidros coloridos, miçangas e tigelas; veja fotos

Trombetas são achadas em carga de naufrágio do século 16 no mar da Croácia

Pesquisadores descobriram retalho com rara coloração avermelhada em uma caverna no deserto da Judeia; achado sugere existência de redes comerciais de civilizações antigas

Tecido de quase 4 mil anos tingido com "escarlate bíblico" é achado em Israel