Saúde

Por Redação Galileu

Um estudo com 10 mil americanos revelou os 12 sintomas prolongados mais comuns após uma infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2. A pesquisa fornece aos cientistas uma visão mais profunda sobre como se caracteriza a Covid-19 longa.

Os resultados publicados no periódico JAMA no último dia 25 de maio são um esforço coordenado pela iniciativa Researching COVID to Enhance Recovery (RECOVER) dos Institutos Nacionais da Saúde dos Estados Unidos (NIH).

A intenção dos pesquisadores é detectar, tratar e entender por que algumas pessoas desenvolvem sintomas de longo prazo após a Covid-19. A equipe de pesquisa também descobriu que a Covid longa era mais provavelmente comum e grave em participantes do estudo infectados antes da variante ômicron de 2021.

A partir de dados de 9.764 adultos (incluindo 8.646 que tinham Covid-19 e 1.118 que não tinham a doença), os especialistas avaliaram mais de 30 sintomas em várias áreas e órgãos do corpo. Em seguida, aplicaram análises estatísticas que identificaram os 12 incômodos que mais diferenciam aqueles com e sem Covid-19 longa.

Estão entre eles:

  1. Mal-estar pós-esforço;
  2. Fadiga;
  3. Confusão mental;
  4. Tontura;
  5. Sintomas gastrointestinais;
  6. Palpitações cardíacas;
  7. Problemas com desejo ou capacidade sexual;
  8. Perda de olfato ou paladar;
  9. Sede;
  10. Tosse crônica;
  11. Dor no peito;
  12. Movimentos anormais.

Os cientistas então atribuíram pontos a cada um dos 12 sintomas, dando aos pacientes pontuações conforme as combinações sintomáticas que eles tinham. Assim, a equipe estabeleceu um limite de pontuação para os participantes com Covid-19 longa.

Além disso, os pesquisadores notaram que certos sintomas ocorreram juntos e definiram quatro subgrupos ou “clusters” com uma variedade de impactos na saúde.

Um subconjunto de 2.231 pacientes avaliado no estudo teve uma primeira infecção pelo coronavírus a partir de 1º de dezembro de 2021, quando a variante Ômicron estava circulando. Cerca de 10% deles apresentaram sintomas de longo prazo após seis meses.

“Este estudo é um passo importante para definir a Covid longa além de qualquer sintoma individual”, afirma Leora Horwitz, coinvestigadora principal do RECOVER Clinical Science Core, que contribuiu com a pesquisa, em comunicado. “Essa abordagem – que pode evoluir com o tempo – servirá como base para a descoberta científica e o design do tratamento”.

Os resultados, apesar de contarem com um conjunto altamente diversificado de pacientes, não podem ser considerados definitivos, segundo os cientistas. Estes serão comparados em seguida com uma série de testes de laboratório e imagens.

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