Saúde

Por Redação Galileu

Publicada nesta sexta-feira (26) na Nature Materials, uma pesquisa liderada por especialistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, usou robótica para criar minúsculas "algemas" ultrafinas que envolvem os nervos e podem monitorar ou alterar as atividades nervosas.

Os dispositivos poderão ser futuramente utilizados para o diagnóstico e tratamento de uma série de doenças, incluindo epilepsia e dor crônica, ou para o controle de membros protéticos. As "algemas" são feitas de polímeros condutores e podem ser encolhidas ou expandidas a partir da aplicação de eletricidade em uma voltagem de cerca de centenas de milivolts.

“A capacidade de fabricar um implante que pode mudar de forma através da ativação eléctrica abre um leque de possibilidades futuras para tratamentos altamente direcionados”, avalia George Malliaras, do Departamento de Engenharia de Cambridge, em comunicado.

Avanço diante da tecnologia atual

Os implantes que envolvem nervos como "algemas" já são uma realidade atual, porém, eles são normalmente rígidos, muito volumosos e difíceis de implantar, "exigindo um manuseio significativo e [causando] potencial trauma ao nervo", conforme explica o coautor da pesquisa, Damiano Barone.

Além disso, os eletrodos de "algema" já existentes requerem procedimentos cirúrgicos complexos para garantir a fixação ao nervo, com o uso de instrumentos cirúrgicos afiados, suturas e adesivos.

Para diminuir riscos e garantir segurança, é possível reduzir a tensão das novas "algemas" para valores baixos quando atuam dentro do corpo. Elas são tão pequenas que podem ser enroladas em uma agulha e injetadas próximo ao nervo.

Testes em ratos mostraram que as novas "algemas" podem ser colocadas sem necessidade de cirurgia e formavam um laço de fechamento automático ao redor de seu alvo. Após experimentos em outros modelos animais, os pesquisadores pretendem iniciar a testagem em humanos nos próximos anos.

“Usando esta abordagem, podemos alcançar nervos que são difíceis de alcançar através de cirurgia aberta, como os nervos que controlam a dor, a visão ou a audição, mas sem a necessidade de implantar nada dentro do cérebro”, diz Barone.

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