História

Por Tomás Mayer Petersen


Pintura retrata o sultão Suleiman, um dos mais poderosos líderes da história do Império Otomano (Foto: Wikimedia Commons) — Foto: Galileu
Pintura retrata o sultão Suleiman, um dos mais poderosos líderes da história do Império Otomano (Foto: Wikimedia Commons) — Foto: Galileu

Marcado por um rápido desenvolvimento e um declínio prolongado, o Império Otomano sobreviveu por mais de 600 anos. Em seu auge, dominou uma extensão de terra desde o sudeste da Europa até o Egito, passando pelo Oriente Médio. Os otomanos foram os responsáveis pelo evento que marcou oficialmente o fim da Era Medieval, a Queda de Constantinopla. Mas não resistiram à chegada da modernidade e foram dissolvidos ao final da Primeira Guerra Mundial.

Origem
Foi o príncipe Osmã I, que em árabe se escreve “Uthman”, quem aproveitou o declínio e desintegração da dinastia Seljúcida e a divisão da Anatólia em diversos principados turcos durante o Século 13. Um deles era liderado por Osmã I, que ao conquistar importantes territórios bizantinos, consolidou-se como força hegemônica na região e fundou o Império Otomano oficialmente em 1299.

Desenvolvimento
Os primeiros 150 anos do Império Otomano foram de expansão territorial. Depois de dominarem a Anatólia, os otomanos chegaram à península de Galípoli, na porção europeia da atual Turquia. De lá, eles fincaram a base para acessar o noroeste do Império Bizantino e a Europa. A primeira grande conquista foi Adrianópolis, segunda maior cidade bizantina, em 1361, que depois foi rebatizada de Edirne. A partir disso, foram aumentando seus domínios em territórios europeus ao sul do Rio Danúbio, como Sérvia, Bulgária e Macedônia.

Pintura retrata a queda de Constantinopla (Foto: Wikimedia Commons) — Foto: Galileu
Pintura retrata a queda de Constantinopla (Foto: Wikimedia Commons) — Foto: Galileu

Divisões políticas internas
Durante sua expansão, o Império Otomano viu crescer uma força política interna formada pela nobreza dos principados turcos da Anatólia. Para neutralizar esse poder, Murade I, terceiro líder dos otomanos que viveu entre 1326 a 1389, criou o Devshirme, uma espécie de imposto sobre os vassalos europeus, que os obrigava a enviar uma a cada cinco crianças para se converterem aos islamismo e servirem ao Império Otomano. Instruídas e treinadas em escolas de elite, essa crianças passavam a integrar os Janízaros, uma força de elite militar que respondia diretamente ao imperador. Assim, criou-se uma segunda força política, formada pelo Devshirme, que passou a dividir a influência com a nobreza turca.

Auge
O auge do Império Otomano começou com a conquista de Constantinopla, em 1453, liderada por Mohammed II, o Conquistador. Embora uma façanha militar histórica, naquela época o Império Bizantino já estava em seu declínio, inclusive servindo como vassalo e pagando tributos aos otomanos. Mas foi com a mudança da capital para a rebatizada Istambul (cidade do Islã, na tradução otomana) que o Império Otomano teve seu período de auge, conquistando territórios tanto na Europa (chegando à Grécia e ao norte do Danúbio, na Hungria e Romênia), quanto no Oriente Médio e Norte da África (destituindo o Império Mameluco no Líbano, Síria, Jordânia, Palestina e Egito).

Declínio
O último grande imperador otomano foi Suleiman I, o Magnífico, que reinou até 1566. Ao final de seu período, o poder já não era mais exercido pelo imperador, mas pela burocracia interna comandada pela elite. Assim, os próximos 350 anos, foram de declínio do Império Otomano, tanto territorial, quanto econômico: ficaram para trás na Renascença, no comércio com as Américas e na Revolução Industrial. Em 1913, os otomanos praticamente já não tinham territórios na Europa. Entraram na Primeira Guerra Mundial como uma terceira força aos Poderes Centrais (Alemanha e Império Austro-Húngaro). Em 1920, com a derrota, o império teve seus territórios distribuídos entre França, Reino Unido, Grécia e Rússia. Em 1923, chegou ao fim oficialmente com a criação da República da Turquia.

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