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“A mulher que mora na rua precisa escolher seu estuprador, seu agressor, que vai defende-la de outros agressores e estupradores”. Esse depoimento devastador, feito por uma mulher em situação de rua, ganha destaque em um recém lançado relatório sobre essa população no Brasil.
O documento é assinado por diversas instituições sociais (Movimento Nacional População de Rua, Movimento Nacional de Luta em Defesa da População em Situação de Rua, Movimento Estadual da População em Situação de Rua em São Paulo e Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns) e foi apresentado ao Comitê contra a Discriminação contra a Mulher (CEDAW).
De acordo com os dados apresentados, a população de mulheres em situação de rua aumentou mais que dos homens na última década. “A falta de dados coordenados e específicos deixa ainda um manto de desconhecimento sobre esse fenômeno que não viola apenas o direito à moradia, mas afeta todos os outros direitos”, frisa um comunicado da Comissão Arns.
O documento também chama a atenção para a falta de assistência às gestantes que vivem nas ruas e traz informações sobre a ampla violência sofrida pelas mulheres – não apenas a sexual. Apesar de serem 15% da população vivendo nas ruas, as mulheres são vítimas de 40% das violações notificadas pelo poder público, de acordo com os dados levantados.
Para acessar o relatório, clique aqui.
