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Sandra Lia Simon, Gustavo Tenório Accioly, Maria Rita, Caio Braz, Astrid Fontenelle, Marco Pigossi e Lea T  (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour
Sandra Lia Simon, Gustavo Tenório Accioly, Maria Rita, Caio Braz, Astrid Fontenelle, Marco Pigossi e Lea T (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour

A Glamour participou do evento #NaoSomosEscravosDaModa, uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho para conscientizar a população sobre os danos causados pelo trabalho escravo no mercado de moda, tanto para os indivíduos explorados quanto para a sociedade.

No último dia de evento, o talk contou com a presença da modelo Lea T, da cantora Maria Rita, do ator Marco Pigossi, do apresentador Caio Braz e dos procuradoras do Ministério Público do Trabalho Gustavo Tenório Accioly e Sandra Lia Simon.

Com mediação da apresentadora Astrid Fontenelle, o tema era: moda sustentável e inclusão social. A ideia? Abordar a diversidade humana na moda, desde a produção até as vitrines e consumo, abrangendo questões de gênero, nacionalidade e outros fatores discriminativos. E explorar o desenvolvimento sustentável na moda, nos aspectos natural, social e trabalhista.

O procurador Gustavo Tenório Accioly abriu a mesa redonda explicando que o desenvolvimento sustentável está diretamente associado ao trabalho escravo, já que ele também defende as condições dos trabalhadores. “A moda sustentável não é um movimento contra o consumo. Ela existe para que as pessoas consumam sem violar os direitos ambientais, tanto do ambiente natural, como dos trabalhadores”, explicou.

Marco Pigossi (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour
Marco Pigossi (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour


“Muitas vezes os trabalhadores não entendem que estão em situação de escravidão, pois existe uma violência psicológica muito grande. É quase com um relacionamento abusivo”, citou Marco Pigossi.

“Nós encontramos muitas pessoas que não saem do trabalho, pois acreditam que devem pagar o que devem aos seus patrões. Sendo que eles é quem estão devendo, e muito, ao trabalhador. É um sentido de honra muito alto”, complementou a subprocuradora Sandra Lia.

Lea T  (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour
Lea T (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour

A modelo transexual Lea T falou sobre a descriminalização na moda. “Apesar de ser um ambiente onde os LGBTs estão presentes, ainda existe um preconceito muito grande com pessoas transgênero. O mesmo se dá com mulheres, pois os cargos criativos, como de estilistas e assistentes, são dominados por homens. Existe ainda um machismo muito grande na indústria”, alertou.

Caio Braz (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour
Caio Braz (Foto: Brazil News) — Foto: Glamour


“Também precisamos ficar atentos às empresas que fazem campanhas de inclusão, com modelos negros, transgênero, obesos, etc., mas que não empregam essa parcela da população. Quantas dessas empresas têm dessas pessoas trabalhando ou até mesmo em algum cargo de destaque?”, indagou Caio Braz.


Mas existe um movimento de reversão da atual situação. “O Brasil é reconhecido pela ONU como o primeiro país que penalizou o trabalho escravo com multa de indenização de dano moral coletivo. Além de termos uma Coordenadoria Nacional contra a discriminação e de promoção a desigualdade no ambiente de trabalho”, contou Sandra Lia.


Ou seja, há muito sendo feito, mas é preciso mais. E você pode ajudar procurando informações sobre a procedência dos produtos que escolhe comprar e denunciando o uso de trabalho escravo – é possível fazer a denúncia pelo aplicativo MPT Pardal, que pode ser baixado gratuitamente em qualquer smartphone. Além disso, a ONG Repórter Brasil criou o aplicativo Moda Livre que lista empresas envolvidas em escândalos relacionados a direitos humanos e preconceito.

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