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Por Manuela Prudente


Unbreakable Kimmy Schmidt: a protagonista impressiona pelo bom humor ao lidar com situações adversas (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Unbreakable Kimmy Schmidt: a protagonista impressiona pelo bom humor ao lidar com situações adversas (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

A inteligência emocional é uma das habilidades sociais mais importantes que o ser humano pode desenvolver. No entanto, não são poucas as queixas de formadores de opinião sobre a falta desse aprendizado ao longo da vida. “Mais importante do que os problemas inevitáveis, é como reagimos a eles. Em geral, a população é analfabeta emocional, ficando refém de sua ansiedade e fragilidades”, acredita o empreendedor Flávio Augusto, como comentou em artigo publicado no blog do projeto “Geração de Valor”.

Gabriel Goffi, top empreendedor digital à frente da High Stakes Academy, ensina que o controle emocional faz parte dos cinco pilares da vida que deveríamos “masterizar” – os outros quatro são: profissional, financeiro, corpo & mente e relacionamentos.


Mas, apesar do controle emocional não ter sido desenvolvido de forma consciente para a maioria das pessoas, é possível notar uma busca maior pelo autoconhecimento. Segundo a psicóloga Katia Larsen, o interesse em aprimorar a nossa inteligência emocional está diretamente ligado à crise de valores sociais, como a situação política brasileira.


“A falta de referências externas leva a uma necessidade coletiva de buscar a sobrevivência pessoal por meio do cultivo de emoções mais saudáveis e do controle emocional. O resultado dessa busca do controle das emoções gera mais saúde, harmonia, paz e solidariedade (empatia) entre as pessoas”, explicou.

Já para o life trainer Thi Arruda, especialista em aprimorar o desempenho e a qualidade de vida de profissionais de alta performance, inteligência emocional é o que diferencia os “pequenos” dos “gigantes”. “O controle dá aos profissionais a sabedoria de como construir relações e conexões que o levam a evoluir em sua carreira.”


E se conhecer ajuda a controlar melhro suas emoções. “O que tenho notado é que pessoas que colocam energia e tempo para se conhecerem melhor, adquirem mais ferramentas para poder lidar com os desafios do cotidiano”, explicou Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria.

De acordo com Thi, o autoconhecimento é gerado por uma mudança de mindset. Isto é: você passa a compreender que o mundo a sua volta é um reflexo do seu mundo interno. “A maneira que você é internamente é a maneira com que você vê o mundo fora.” Para o coach, se o mundo é um reflexo de quem você é, então é preciso assumir a responsabilidade por tudo que lhe acontece.


“Entrei numa loja e discuti com uma pessoa. A culpa é dela ou a culpa é minha? A percepção sobre ela é que o problema é meu. A maneira com que eu agi desencadeou esse conflito, então mesmo que ela tenha sido grossa se eu tivesse interagido de forma descontraída, lúcida e não emocionada, conseguiria contornar a situação. Mas eu fiz a coisa acontecer. Eu gerei um conflito”, exemplificou.


Segundo a terapeuta, nossas emoções são vozes internas que se comunicam conosco por meio do nosso corpo, das sensações e dos sentimentos. Elas nos ajudam a fazer escolhas saudáveis e sábias, e, por isso, são fundamentais para nossa vida. “Quanto mais conhecemos nossas emoções, mais é possível tomar atitudes que sejam saudáveis e apropriadas. A clareza sobre as próprias emoções gera uma sensação de calma e, como consequência, se torna possível acolher e regular o que sentimos.”


Na prática, existem formas de acelerar o processo de autoconhecimento. A meditação é uma ferramenta poderosa nesse aspecto; “é a arte de viver o aqui e agora”, resume Tania Mujica, instrutora de meditação e coach no vídeo “A arte de meditar em qualquer lugar”. Murilo Gun, aluno da Tania e palestrante, acrescentou: “A meditação ajuda a esvaziar a mente. Isso te traz novas ideias, pois quando a mente está calma, vazia e silenciosa, você consegue escutar as ideias vindo do inconsciente e pulando para a superfície.” Ideias e emoções, tudo que passa pela mente, pode ser lidada de forma mais tranquila através do exercício de meditar.


Entretanto, é importante ter clareza que o relaxamento por si só não é a solução para o “descontrole emocional”. "Ele serve como uma pausa rápida para tomarmos um fôlego e seguir adiante", explica Marcelo, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento.

“O que tenho notado é que pessoas que, junto com técnicas de relaxamento, colocam energia e tempo para se conhecer melhor, adquirem mais ferramentas para poder lidar com os desafios do cotidiano”, contou.


Além da meditação, outras forma de buscar o autoconhecimento é através do diálogo com coaches, terapeutas, mentores ou técnicos, no caso de atletas. Não existe um único caminho. “Não tem melhor e pior. Tem melhor pra mim e melhor pra você. Cada pessoa tem uma forma que funciona melhor, acho que essa é a sacada”, resumiu Thi.

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