Mel Duarte: a poeta lança o disco Mormaço e participa da Flip  (Foto: arquivo pessoal)

Mel Duarte: a poeta lança o disco Mormaço e participa da Flip (Foto: arquivo pessoal)


Mel Duarte conseguiu a proeza de fazer desde campanhas publicitárias a abertura de eventos de tecnologia como poeta. Nas mãos (e, principalmente, na voz) dessa paulistana de 30 anos que rima desde os 8, o gênero literário se espalha, seja em eventos como o Slam das Minas SP, competição de poesia criada em 2016, e da qual Mel é uma das fundadoras; seja em livros (Fragmentos Dispersos e Negra Nua Crua) ou em workshops, cursos e performances que ela realiza de Norte a Sul do país.

Agora, Mel também reafirma seu papel de porta-voz dessa efervescente cena com Querem nos Calar (Planeta, 224 págs., R$ 33,90), antologia que reúne desde a pioneira Roberta Estrela D’Alva, curadora da programação de slam da Flip (confira ao lado), a best-seller Ryane Leão a nomes menos conhecidos, como a paraense Bor Blue e a amazonense Anna Suav.

“Foi sofrido chegar a esses 15 nomes porque temos muitas mulheres incríveis nesse rolê, mas acho que conseguimos traçar um belo panorama, com muitos textos inéditos e muitas estreantes em livro”, conta Mel. O tal rolê ao qual ela se refere é o cenário de slam poesia, pelejas em que um(a) poeta “batalha” contra outro(a), populares em países como França e Estados Unidos, e que, no Brasil, se espalhou graças a iniciativas como o evento ZAP! Zona Autônoma da Palavra, criado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. 

O Slam das Minas, cuja primeira edição aconteceu em 2015, em Brasília, veio na esteira desse movimento, com grupos só de mulheres em diversas capitais. Uma das principais expoentes da versão paulista, Mel tem outra novidade: neste mês, suas rimas ganham registro musical em Mormaço – Entre Outras Formas de Calor, álbum de poemas cantados com participações das cantoras Bia Ferreira e Nina Oliveira e do rapper Amiri. O disco, diz ela, deve se tornar um espetáculo – mais uma de suas muitas maneiras de propagar poesia.

Mel Duarte na Flip
Quinta (dia 11), às 19h - Happy hour Literatura É Papo de Bar, na Casa Tag
Sexta (dia 12), às 14h30 - Pocket Poesia, no Jardins da Casa Philos/ Biblioteca Municipal Fábio Villaboim
Sábado (dia 13), às 9h15 - Mesa A Nova Poesia: Slam e Literopolítica, Casa Philos
Sábado (dia 13), às 18h - Slam da Língua Portuguesa, Casa de Cultura de Paraty 
 

+ slam
Neste ano, a Festa Literária de Paraty – Flip terá um espaço dedicado apenas ao slam poesia, com curadoria de Roberta Estrela D’Alva, que é atriz, poeta e diretora do documentário Slam: Voz do Levante e uma das responsáveis pelo primeiro evento dedicado à modalidade, o Zap! Zona Autônoma da Palavra. No Flip Slam, dia 12, às 22h, o Auditório da Praça será palco da primeira competição de poesia falada do evento, com participações de Pieta Poeta (Brasil), Edyoung Lennon (Cabo Verde), Raquel Lima (Portugal), Porsha Olayiwola (EUA), Joelle Taylor (Inglaterra) e Salva Soler (Espanha). Já no dia 13, das 18h às 21h, a Casa de Cultura de Paraty terá uma batalha aberta ao público. O programa completo está no site flip.org.br

Slam das Minas SP Criado por Mel Duarte, Luz Ribeiro (primeira mulher a ganhar uma competição nacional de poesia no Brasil), Carolina Peixoto e Pam Araujo, o coletivo reúne as principais poetas de São Paulo em batalhas e eventos espalhados pela cidade. Infos: facebook.com/SlamdasMinasSP

Slam das Minas RJ  A versão carioca do encontro, idealizada por Eliana Mara Chiossi, Karen Ferreira, Letícia Brito, Lian Tai, Ursula H. Lautert e Yassu Noguchi, segue o mesmo formato de todas as outras espalhadas pelo país. Infos: facebook.com/slamdasminasrj

Slam BR – Campeonato Brasileiro de Poesia Falada O primeiro campeonato de poesia falada do país é anual e organizado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos/ZAP! SLAM. Infos: facebook.com/POETRYSLAMBRASIL