Jogos Olímpicos inspiram desfiles de alta-costura em Paris

A primeira participação feminina nos Jogos Olímpicos ocorreu em 1900, quatro anos depois da estreia do evento, quando apenas 22 mulheres foram admitidas num total de 997 atletas. Só em 1991 novas regras do Comitê Internacional Olímpico estabeleceram que todos os esportes da competição deveriam permitir a inclusão de mulheres. Nos jogos de 2012, em Londres, foi a primeira vez que todos os países participantes enviaram mulheres atletas em suas delegações.

+ Olimpíadas: Os marcos da inclusão feminina nos Jogos Olímpicos ao longo dos anos

Na passarela da Dior, nada de corsets: maiôs e regatas do tipo nadador ganharam uma roupagem digna de alta-costura, com direito a bordados e tecidos refinados. Outra referência da coleção foi a estética greco-romana, remontando à ligação das Olimpíadas com a Grécia — a primeira edição dos Jogos Olímpicos aconteceu em 776 a.C., na cidade de Elis, e a primeira edição da Era Moderna foi realizada em Atenas, em 1896 d.C. Isso se traduziu em vestidos estatuescos, com plissados, assimetrias e muito dourado. Do acabamento metalizado de blazers ao lamé em looks festivos, o tom apareceu em alguns dos principais momentos do desfile.

Ainda na segunda-feira, o estilista estadunidense Thom Browne fez seu retorno à semana de alta-costura também mergulhando no tema olímpico. Sem referências muito óbvias ao evento, a grife trouxe elementos como os distintivos que costumam aparecer nos uniformes e a representação do sistema muscular, bordado em vermelho-sangue em um lado só de um vestido estruturado.

Para fechar a apresentação, um trio de modelos com blazers em dourado, prateado e bronze subiram em um pódio, ao lado de outra modelo com uma versão luxuosa da coroa de louros, que era usada para premiar os atletas na Antiguidade, antes da criação das medalhas.

+ Semana de moda: Os detalhes de encher os olhos da Schiaparelli na alta-costura de outono 2024