O dia 25 de julho homenageia a luta e a resistência das mulheres negras e tem história. Celebrada como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, no Brasil, a data também comemora a existência de Tereza de Benguela, a “Rainha Tereza”, que liderou o Quilombo Quariterê, no século 18.
Este dia não apenas traz visibilidade à resistência das mulheres negras no combate à opressão racista e machista, mas comemora seus feitos e seus caminhos para promoverem a beleza, a cultura e a verdade que cada uma traz. E como moda também é luta e resistência, Marie Claire te conta sobre estilistas negras que vêm fazendo a diferença na moda brasileira.
Angela Brito
Natural de Cabo Verde, Angela mora há muitos anos no Rio de Janeiro e, desde 2014, com a fundação da marca que leva seu nome, vê a moda como forma de expressar sua liberdade criativa. As criações são bastante inspiradas em suas memórias cabo-verdianas, reunindo elementos tradicionais da cultura e estética do país africano.
Naya Violeta
Naya é uma criativa que valoriza a beleza afro-brasileira com as roupas, criando referências para pessoas negras na contramão da moda eurocêntrica. Ela fundou sua marca homônima em 2007 e a comanda de sua cidade natal, Goianira, em Goiás, junto com uma equipe formada, majoritariamente, por pessoas próximas dela. A estilista foi a primeira goiana a desfilar no SPFW, em 2021.
Mônica Sampaio
Mônica é a diretora criativa por trás da marca Santa Resistência. Antes de entrar para o mundo da moda, aos 45 anos, a estilista trabalhava na área da engenharia elétrica, onde foi a primeira mulher negra a trabalhar como engenheira na Varig, extinta companhia aérea. Sua marca nasceu das criações que fazia para si mesma, porque não se sentia representada nas roupas que existiam no mercado, e tem forte inspiração no Recôncavo Baiano, seu lugar de origem.
Isa Isaac Silva
Isa é um dos principais nomes da criação de moda no Brasil, a estilista baiana percebeu que estava conectada com a moda desde a infância, quando se viu apaixonada pela costura. Isa começou a apresentar suas criações em 2015, tendo como principal referência as religiões de matriz africana. Desde o seu desfile, o objetivo de sua marca homônima é carregar diversidade a partir de roupas agênero e que sirvam em todos os corpos.
Goya Lopes
Goya é uma artista plástica e designer têxtil baiana que usa a estamparia como forma de expressar a ancestralidade africana no Brasil. As criações de Goya são marcadas, em sua maioria, por cores fortes e desenhos exclusivos que manifestam a estética afro-brasileira.
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Cíntia Felix
Cíntia Felix é fundadora da marca AZ Marias. A carioca sempre soube que queria trabalhar com moda e educação, então estudou sobre a indústria fashion e têxtil antes de abrir sua marca. Incentivada pela vontade de reaproveitar resíduos têxteis que eram descartados, Cintia criou a AZ Marias, que busca contemplar corpos reais com estampas alegres, num mix de streetstyle e ancestralidade.
Milena Nascimento
Milena é fundadora da marca Mile Lab e denomina seu trabalho como "moda marginal". A estilista sempre viu esse universo como forma de transformação social e, por isso, suas criações focam em contemplar as comunidades periféricas. Em 2021, no SPFW, ela fez um desfile-manifesto histórico, verbalizando críticas ao próprio evento e criando um baile funk na passarela.