Um dos períodos mais aguardados do varejo nacional, as vendas de final de ano são um importante momento para impulsionar o faturamento de lojistas, ampliar bases de consumidores e criar reservas financeiras para os meses seguintes. Da gestão do fluxo de caixa às contratações de funcionários, confira algumas estratégias essenciais para alavancar as vendas de pequenos e médios negócios.
MAPEAMENTO DE OPORTUNIDADES
O planejamento para o final de ano varia de acordo com os objetivos e o público-alvo do negócio. A sequência de datas-chave inclui Dia das Crianças, Halloween e Black Friday — cada uma delas apresenta oportunidades diferentes para cada setor e perfil de varejista. “De maneira geral, o ciclo chega ao seu auge na última quinzena do ano, período que compreende as datas de Natal e Réveillon. É durante este período que os consumidores recebem um aumento na disponibilidade de capital por conta do décimo terceiro e, por isso, estão mais propensas a acelerar seus gastos”, afirma Harlley Assunção, superintendente de negócios Itaú Empresas.
DIMENSIONAMENTO DA DEMANDA
A antecipação da demanda por produtos e serviços é essencial para dimensionar a necessidade da ampliação da operação e, assim, não perder oportunidades de vendas. É preciso mapear o que deve impulsionar a demanda em cada setor, como filmes, séries e lançamentos de produtos. A partir daí, pode-se estimar o impacto dessas tendências sobre a demanda de cada produto e serviço e prever como se preparar para o aumento de demanda.
PREPARAÇÃO OPERACIONAL
Com a demanda dimensionada, o próximo passo é organizar a operação para o aumento dos pedidos. Esse planejamento deve contemplar os investimentos necessários para ampliar estoques, capacidade logística e atendimento. “A dica mais valiosa é analisar os prazos de cada etapa e estabelecer um cronograma reverso para alavancar a operação, avaliando os pontos chave de acordo com a dinâmica de cada negócio. Empresas que dependem da importação de produtos, por exemplo, devem levar em conta os períodos de desembaraço e retirada de mercadorias”, diz Assunção .
GESTÃO DE ESTOQUE
As principais preocupações em relação ao estoque estão relacionadas aos itens sazonais e ao tempo de reserva dos produtos. Ao mesmo tempo que é importante estar preparado para atender a demanda de final de ano, é preciso considerar o custo de armazenamento no preço final e ter cuidado para não exagerar na compra de itens que terão uma redução de procura após o final do ano ou cujo prazo de validade possa inviabilizar sua comercialização após o período de aceleração do consumo. Contratos de comodato e consignação, que permitem a devolução de produtos não vendidos ou não utilizados, podem ser uma boa maneira de dividir esses riscos com fornecedores.
PRONTA PARA ACELERAR
Especializada na venda de velas customizadas, a Chiara Aromas para Ambientes aposta na compra antecipada de insumos para atender a escalada de pedidos que acontece entre dezembro e janeiro — o período registra um aumento de até cinco vezes na produção registrada mensalmente. “Esses pedidos costumam ter prazos de entrega curtos. Em vez de esperar pelas vendas, passamos a armazenar o estoque para atender os clientes com eficiência”, afirma Débora de Souza Garcia, 35 anos.
Para reduzir os impactos sobre a gestão do caixa, as compras são diluídas entre os primeiros meses do ano. A estratégia de ampliação da capacidade de produção também inclui a compra de maquinário e a contratação de uma funcionária extra para apoiar nas etapas de customização de produtos. “Os investimentos foram feitos com os próprios recursos da empresa. A organização e o planejamento financeiro são essenciais para ter essa capacidade de impulsionar a operação”, diz.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
A aceleração do faturamento pode esconder ineficiências de gestão de caixa — e prejudicar os resultados obtidos ao final do período. A análise do capital de giro merece atenção especial do empreendedor. “É preciso avaliar todas as opções de financiamento que estejam à disposição da empresa: caixa próprio, bancos e fornecedores, principalmente. Sempre pensando que todas elas têm custos, que precisam entrar no cálculo do preço de venda. Fazer a conta sobre o custo da diferença de tempo entre o pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas é especialmente importante nesse momento, para assim estabelecer políticas de descontos saudáveis, que estimulem as vendas de final de ano sem afetar a margem esperada para o negócio”, afirma Assunção.
MARKETING E VENDAS
Para se destacar entre o alto volume de mensagens que marca o final do ano, é recomendado explorar conteúdos orgânicos em mídias sociais e canais proprietários das empresas. Parcerias com criadores de conteúdo também podem trazer resultados. “Uma vez que o cliente tenha respondido aos primeiros estímulos, pode-se combinar outros canais para alavancar o resultado das campanhas de marketing”, diz o executivo.
AMPLIAÇÃO DE EQUIPES
O planejamento (sobretudo financeiro) é essencial para definir os perfis de colaboradores que serão necessários para reforçar a operação de final de ano. A disputa por bons profissionais pode ficar acirrada durante o período. Por isso, é importante começar as prospecções e negociações com o máximo de antecedência. Empresas especializadas em contratações de temporários também podem ser boas aliadas para apoiar os processos de recrutamento e seleção de temporários.
Procurando por mais conteúdo sobre como alavancar suas vendas? Conheça o blog do Itaú Meu Negócio. Responda o chat abaixo e nos ajude na missão de produzir conteúdo sempre útil para você. Leva 30 segundos.