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O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é celebrado nesta sexta-feira (28/6), para rememorar o movimento conhecido como revolta de Stonewall, que começou há exatos 55 anos, em Nova York. Na ocasião, uma legião de gays, lésbicas e pessoas trans enfrentaram a perseguição policial e iniciaram uma batalha pelos direitos da comunidade que durou cinco dias.

O palco da manifestação foi o Stonewall Inn, que hoje funciona como um bar LGBTQIA+, no mesmo lugar onde se iniciou a manifestação, em Greenwich Village. O episódio foi o mais significativo na luta pelos direitos da comunidade e uma espécie de “gota d’água” à repressão policial da época. A revolta foi eternizada em uma série de filmes e documentários sobre o tema.

Ao longo dos anos, outros pequenos estabelecimentos foram importantes como refúgio e para a construção das lutas pelos direitos LGBTQIA+. Confira:

1. Stonewall Inn (Nova York, EUA)

Fundado em 1967, o bar era conhecido como um “club gay privado”. Na época, boa parte dos estabelecimentos destinados ao público LGBTQIA+ tinha essa descrição e era controlada pela máfia. O bar não tinha janelas para a rua e servia bebidas alcoólicas para o público, o que era restringido na época.

Em 28 de junho de 1969, após diversas batidas policiais em vários estabelecimentos do gênero pelo país, um grupo, liderado pela mulher trans Marsha P. Jonhson, se revoltou e iniciou uma rebelião que durou seis dias e ficou conhecida como o marco da luta pelos direitos LGBTQIA+.

O estabelecimento fechou logo após os protestos, mas reabriu nos anos 1990 como um bar gay. Os atuais donos, Kurt Kelly e Stacy Lenz, compraram o ponto em 2006. Em entrevista à Vogue em 2019, o empreendedor disse que resolveu adquirir o estabelecimento pela história.

Ao longo dos anos, muitas celebridades apoiadoras da causa já se apresentaram no Stonewall Inn, como a cantora Madonna. Hoje, o bar recebe clientes para happy hour, festas e baladas. Também mantém um memorial e conserva muitas lembranças das manifestações nas paredes.

2. The Black Cat Tavern (Los Angeles, EUA)

Pouco mais de dois anos antes dos episódios de Stonewall, em 1966, policiais prenderam e espancaram 14 homens por “conduta obscena”, por muitos deles estarem se beijando em uma noite de Ano-Novo. Dois meses depois, em fevereiro de 1967, cerca de 500 pessoas LGBTQIA+ protestaram em frente ao local, de forma pacífica. O marco é chamado de "onde o Orgulho começou".

O local abriu e fechou muitas vezes e em 2008 foi considerado Monumento Histórico-Cultural de Los Angeles por seu papel na luta LGBTQIA+. Em 2012, foi reaberto como um gastropub.

3. Castro Camera (São Francisco, EUA)

Harvey Milk em frente à Castro Camera, em 1977: loja serviu de refúgio e comitê político — Foto: GettyImages
Harvey Milk em frente à Castro Camera, em 1977: loja serviu de refúgio e comitê político — Foto: GettyImages

O novaiorquino Harvey Milk se mudou para São Francisco, no início dos anos 1970, e, assim como muitos homens gays, buscou refúgio no afastado bairro do Castro. Fotógrafo e empreendedor, ele abriu a Castro Camera, uma loja de varejo de fotografia, que acabou se tornando abrigo para muitos homens gays perseguidos por suas famílias, além de um comitê político.

Milk se candidatou a supervisor da cidade diversas vezes, até ser eleito o primeiro parlamentar abertamente homossexual dos Estados Unidos em 1977. Ele conseguiu mobilizar multidões para chamar a atenção para os direitos da comunidade LGBTQIA+, mas foi assassinado um ano depois por Dan White, seu ex-colega de parlamento.

Hoje, o Castro Camera se transformou no Queer Arts Featured, e abriga uma galeria de artes e boutique e espaço para eventos.

Atualmente, toda a região em torno da Castro Camera é ornamentada com bandeiras do arco-íris e ostenta alguns bares e restaurantes históricos, como o Twin Peaks Tavern, conhecido por ter sido o primeiro bar abertamente LGBTQIA+ a ter janelas para as ruas, em 1971, quando foi comprado pelo casal Mary Ellen Cunha e Peggy Forster.

4. Gilbert Baker

Gilbert Baker, criador da bandeira do Orgulho LGBTQIA+ — Foto: Spencer Platt/Getty Images
Gilbert Baker, criador da bandeira do Orgulho LGBTQIA+ — Foto: Spencer Platt/Getty Images

No início das manifestações LGBTQIA+ nos Estados Unidos, as pessoas utilizavam triângulos cor-de-rosa como símbolo, remetendo ao que era designado a homossexuais em campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. No entanto, Harvey Milk queria encontrar um símbolo mais leve, que mostrasse a pluralidade da comunidade, uma vez que muitas pessoas não se sentiam confortáveis em adotar o símbolo anterior.

Assim, Milk encomendou ao empreendedor, artista e especialista em bandeiras Gilbert Baker (1951-2017) um novo símbolo. Em 25 de junho de 1978, ele ergueu a primeira bandeira do arco-íris do mundo, em homenagem à comunidade LGBTQIA+, para comemorar a Parada do Orgulho Gay de São Francisco. Hoje, pedaços dessas bandeiras estão expostos no Museu GLBT History Society, no Castro, em São Francisco.

Inicialmente, a bandeira tinha oito cores, todas com significados individuais. No entanto, as cores rosa e turquesa foram descartadas no ano seguinte para economizar na produção. De acordo com o Museu GLBT History, Baker gastou cerca de US$ 1 mil para confeccionar as duas primeiras bandeiras para a Parada de São Francisco.

5. Ferro’s Bar (São Paulo, Brasil)

O Brasil também tem e já teve diversos estabelecimentos que foram refúgios para a comunidade LGBTQIA+, como a balada Nostro Mondo, em São Paulo. No entanto, um dos episódios mais emblemáticos, chamado de “Stonewall brasileiro”, foi no Ferro's Bar, no centro da capital paulista.

O local foi palco de uma manifestação liderada por mulheres lésbicas em 19 de agosto de 1983. A revolta se deu pela proibição da circulação do jornal destinado à comunidade LGBTQIA+ “Chanacomchana” no estabelecimento. De acordo com arquivos do Memorial da Resistência, a revolta atraiu a solidariedade de outros grupos na época, incluindo parlamentares. A data da revolta é reconhecida pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) como o Dia do Orgulho Lésbico.

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