Após Alec Baldwin, de 66 anos, ser considerado inocente da acusação de homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, morta por um disparo acidental no set do filme Rust, uma das integrantes do júri declarou que a acusação contra o ator foi "sem sentido" e disse que a promotoria responsável pelo caso parecia querer colocar a culpa no artista.
Martina Marquez, uma cidadã dos Estados Unidos, fez parte do júri popular que analisou o caso e julgou Baldwin inocente. Em entrevista à revista People, ela conta que sempre teve dúvidas se o ator era culpado ou não, mas teve certeza da inocência dele no decorrer do julgamento.
Halyna foi morta por um disparo acidental da arma que Baldwin segurava. Durante o julgamento, o ator disse não ter puxado o gatilho e declarou não saber como a arma disparou. O revólver estava carregada com balas verdadeiras, e a armeira Hannah Gutierrez-Reed, que era responsável pela manutenção das armas usadas nas filmagens e entregou o revólver a Baldwin, foi considerada culpada e cumpre atualmente a pena de 18 meses de prisão.
"Para começar, é só analisar os vídeos que vimos no tribunal. Não faz sentido apontar dedos somente a ele [Alec]", disse Martina, a integrante do júri. Ela descreve que um dos vídeos apresentados mostra profissionais do set procurando a arma que seria usada na filmagem, que só foi entregue ao ator pela armeira Hannah.
Ainda segundo a People, a promotora de Justiça Erlinda Johnson descreveu Baldwin como uma pessoa "irresponsável" e que "ignorou os protocolos de segurança", por isso deveria ser considerado culpado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Entretanto, Martina discorda dos argumentos levantados pela promotoria e diz que ter ficado com a impressão de que o promotores queriam culpar o ator por ele ser uma celebridade. "Acho que eles queriam fazer isso, ficou parecendo que eles precisavam colocar a culpa da morte em alguém", concluiu ela.