Brasil
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por , Valor — Brasília


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estimou que a perda de arrecadação de ICMS do Estado devido às enchentes deve ficar entre R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões até o fim do ano. Até semana passada, a perda acumulada desde maio somava R$ 1,6 bilhão. Ele pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que a União recomponha integralmente essas receitas.

"Só a União tem capacidade e ferramentas para emitir dívida", disse Leite após reunião com os ministros Haddad e Paulo Pimenta (Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul).

O pedido do governador é para que a União apure a cada bimestre a perda de arrecadação, comparando com o mesmo período do ano anterior, e faça a recomposição integral das receitas perdidas. "Estados não têm como suportar essas perdas", disse.

Questionado se o governo do Estado não poderia absorver essas perdas com os recursos arrecadados com privatizações, por exemplo, Leite negou. "Receitas extraordinárias devem voltar em investimento [para o Estado], não para cobrir déficit", defendeu.

Ele também disse que, no momento, a perda de arrecadação está sendo suportada pelos recursos em caixa do Estado, mas que esse dinheiro é finito. "Se o dinheiro não for recomposto, haverá recursos para reconstruir [o Estado], mas serviços à população terão perdas."

Ainda de acordo com Leite, caso não haja ajuda federal, o governo do Estado terá de "puxar o freio de mão" nos gastos, prejudicando a população do Estado. "Vamos trabalhar para que não haja atraso de salários, mas teremos que atender menos a população em várias frentes."

Leite pediu ao governo federal que o dinheiro economizado com a suspensão da dívida do Estado possa ser usado para pagar despesas de custeio, hipótese que foi negada pelo ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Segundo Pimenta, a legislação estabelece que os recursos precisam ser utilizados para investimento, não custeio, e esse será o critério a ser adotado na regulamentação, que ainda será publicada pelo governo federal. "Não cabe ao governo fazer regulamentação em desacordo com lei federal", disse o ministro.

Ele reforçou que o Estado poderá usar o dinheiro para contratar máquinas, adquirir diques, entre outras demandas, mas, em relação a usar os recursos para pagar auxílio à população do Estado, Pimenta disse entender que a legislação não permite. "Talvez tenha que ser feita uma consulta ao TCU [Tribunal de Contas da União]."

Leite pediu para Haddad, durante a reunião, que a regulamentação não seja restritiva, para que o Estado possa aplicar os recursos economizados em várias frentes.

Perda de arrecadação

Pimenta disse que a União vai acompanhar a execução orçamentária do Estado para construir "medidas compensatórias", caso a perda de arrecadação se confirme.

"Assim como antecipamos FPE e FPM [fundos de participação dos Estados e municípios], outras medidas podem ser adotadas [para o RS]. Não haverá óbice para encontrar mecanismos de compensação. Agora, o importante é acompanhar a execução orçamentária até junho e ver a diferença. Vamos trabalhar em cima desses números", comentou o ministro.

Ele, porém, afirmou "torcer" para que o Estado retome a atividade econômica, e que projeção de perda de arrecadação feita pelo governador não se realize. "Há um grande volume de recursos sendo injetados na economia do Rio Grande do Sul pelo governo federal, são R$ 90 bilhões", citou Pimenta.

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite — Foto: Nilani Goettems/Valor
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite — Foto: Nilani Goettems/Valor
Mais recente Próxima Debate sobre Imposto Seletivo para carros elétricos deve ficar para 2ª etapa da reforma tributária no Congresso

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

A competição envolve 20 etapas de trajetos diferentes, que passam pela França e por países vizinhos

Para as eleições 2024, a liderança é das pessoas negras (pretas e pardas) no ranking das pré-candidaturas, com 52,4% do total, somando 176

O dinheiro foi transferido ao Ministério da Previdência Social e será usado para investimentos em tecnologia das equipes que farão a revisão cadastral dos benefícios

Apesar disso, há quem esteja disposto a continuar apoiando o democrata apesar do desempenho aquém do esperado

O valor pago pela CNP pela exclusividade não foi divulgado

Juan José Zúñiga liderou a tentativa de golpe de Estado contra o governo do presidente Luis Arce, em La Paz, na quarta-feira (26)

General golpista da Bolívia é indiciado por terrorismo e levante contra o Estado

Com a venda, a Iguatemi mantém 60% de participação e a administração do Shopping Iguatemi Alphaville e deixa de ser coproprietária do Shopping Iguatemi São Carlos

Iguatemi vende participações nos shoppings Iguatemi São Carlos e Iguatemi Alphaville

Segundo a Polícia Federal, Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, e Anna Saicali, a ex-presidente da B2W, souberam com antecedência que sofreriam medidas cautelares e, por isso, fugiram do país

PF: Gutierrez e Saicali souberam antes das medidas cautelares contra eles por erro do TRF-2

A dona das redes Burger King e Popeyes divulgou comunicado ao mercado nesta sexta-feira (28) sobre o assunto

Zamp diz que está 'avaliando oportunidade' para comprar operações da Subway no Brasil

Segundo a Polícia Federal, Miguel Gutierrez tentou lavar dinheiro e ocultar seus bens para evitar que fosse ligado às suspeitas de fraude na varejista

Anotações de Gutierrez detalharam plano para ex-CEO da Americanas ‘blindar patrimônio’