Carreira
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por , Valor — São Paulo

Você já esqueceu o crachá em algum lugar? Ou usou ele fora do local de trabalho? Uma utilização diferente do objeto de identificação profissional viralizou nesta semana no X (ex-Twitter) ao mostrar mesas de uma praça de alimentação de um shopping em São Paulo com crachás de funcionários guardando lugar para sentar durante o horário do almoço.

Na publicação, usuários questionam essa utilização do equipamento: enquanto uns falam que isso é um desrespeito com os outros frequentadores do shopping, que também têm o direito de usar as mesas que estão “reservadas”, outros falam que a conduta causa um problema de segurança, já que o crachá, no tempo em que o funcionário vai comprar a refeição, pode ser furtado por outra pessoa. Veja o post:

Publicação de usuária na rede X relatando uso de crachás para marcar lugar — Foto: Reprodução/X
Publicação de usuária na rede X relatando uso de crachás para marcar lugar — Foto: Reprodução/X

“Pegar pra usar pra entrar no escritório e entregar bem lindo na mesa do rh. além da falta de noção, isso é um problema absurdo de segurança”, diz uma usuária da rede.

"Onde eu trabalho se você sair do prédio com o crachá pendurado no pescoço pode levar uma advertência. Isso aí é inconcebível aqui”, diz outro comentário.

Os riscos de usar o crachá fora do trabalho

O crachá é um objeto particular, mas de uso restrito à função do profissional, ou seja, não deve ser utilizado de forma inadequada, explicam especialistas ouvidos pelo Valor. O uso deve ser direcionado a três funcionalidades:

  • Garantir a identificação do funcionário;
  • Marcar o registro de entrada e saída (ponto);
  • Dar acesso às dependências da empresa.

Segundo Bruno Martins, CEO da Trilha Carreira Interativa, quando o crachá serve para bater o ponto do funcionário, é uma prática muito comum que o objeto não seja retirado para o almoço, por exemplo, “para não esquecer de fazer a marcação do ponto no retorno à empresa”.

“Nesse caso, o ideal é que o funcionário retire o cordão do pescoço do crachá e o guarde no bolso ou na bolsa, até a volta ao trabalho”, diz Martins.

Dependendo da forma como a empresa utiliza o crachá, um possível furto podem trazer consequências. No caso de empresas que usam crachás com chips de acesso a áreas restritas da empresa, a má utilização é uma porta de vulnerabilidade para a companhia, segundo Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de RH (ABRH).

Ainda de acordo com ele, o crachá não só permite acesso à empresa, como também à portaria do prédio onde a organização está instalada, que nem sempre é de uso exclusivo dela. “Neste caso, tem que ser observada a penalidade prevista no prédio ou no condomínio em si”, explica Sardinha.

Uso inadequado pode gerar penalidades

As restrições sobre o uso de crachá dependem de cada empresa e geralmente são previstas no Código de Ética da organização. Por causa disso, as penalidades aplicadas em situações de mau uso vão variar de acordo com cada caso e também com o que a companhia prevê em relação ao ato do funcionário que desviou a função principal do equipamento.

Como no caso do post, o mau uso do crachá pode gerar uma imagem ruim tanto para o funcionário — portador do crachá — como para a empresa — que está sendo exposta —, explicam os especialistas ouvidos pelo Valor.

Um dos problemas é que, no caso da conduta do post, informações pessoais e profissionais ficam à mostra ao público externo como nome e cargo da empresa.

“Infelizmente, se ela encontrar com uma pessoa mal-intencionada, pode buscar informações sobre ela no Google e no LinkedIn e cruzar esses dados. Vale pensar no sigilo das informações. Dessa forma, a pessoa está se expondo e expondo a empresa”, explica Martins.

Além disso, o crachá dá acesso à empresa e, quem encontrá-lo, poderá entrar no local, caso o funcionário não tenha feito o cancelamento do crachá.

Nestas situações, de acordo com o que é previsto no Código de Ética de cada organização, a penalização pode ser uma advertência verbal ou, em caso de reincidência, uma penalidade maior, dependendo de cada caso, explica Paulo.

“Um crachá que dá acesso a áreas restritas pode chegar uma advertência e, em caso extremo, uma demissão. Mas, geralmente, isso vai ser associado a outras questões do indivíduo, como outras repreensões por motivos diferentes. Isoladamente, não é um caso de demissão, mas de advertência”, diz.

E em caso de perda do crachá?

Em caso de perda, o funcionário precisa comunicar imediatamente à empresa. É uma medida para impedir que estranhos tenham acesso às áreas internas da empresa.

“Um cuidado que a organização pode ter também é restringir os horários e os locais de acesso do funcionário, dependendo do cargo e da hierarquia”, destaca Bruno.

Mais recente Próxima 10 cursos online gratuitos de Harvard, Stanford e outras universidades em 2024

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais de Carreira

Carreira

As habilidades necessárias para estar à frente das mudanças tecnológicas vão além do puramente técnico

Carreira

A colunista Stela Campos fala como o reconhecimento pelas habilidades e pelo empenho pode ser mais inclusivo

Carreira

Ricardo Mussa, da Raízen, é o convidado do podcast CBN Professional, onde fala sobre inovação, gestão e ativismo na questão climática

“Tem que escolher bem as pessoas, não pode ter só atacante”, diz CEO

Carreira

Seis dos atletas que aparecem na lista jogam em clubes da Arábia Saudita

Conheça os 10 jogadores com os maiores salários da Eurocopa 2024

Carreira

Comportamento de aliado pode não ser tão bem-visto em algumas situações. Entenda

Pesquisa mostra percepção sobre gestores defensores da diversidade

Carreira

Especialistas desmistificam o tema e buscam auxiliar líderes desligados das suas funções

Demissão de executivos: Como falar sobre o assunto em entrevistas de emprego?

Carreira

À medida que crescimento desacelera na China, empregadores espremem mais horas de menos trabalhadores

Empresas de tecnologia chinesas pressionam funcionários até o limite

Carreira

Usuários na rede "X" questionam uso indevido e problemas que podem ser gerados com mau uso

Funcionários usam crachá para guardar lugar no almoço e conduta viraliza: "Falta de noção"

Carreira

Aulas são gratuitas e estão disponíveis em português

10 cursos online gratuitos de Harvard, Stanford e outras universidades em 2024

Carreira

Iniciativa começou com 16 organizações e hoje conta com 197, sendo 90% de grande porte

Fórum de presidentes fomenta inclusão nas companhias