O conselho de administração da recém -privatizada Companhia Paranaense de Energia (Copel) aprovou um plano de investir R$ 2,43 bilhões em 2024.
Do montante, mais de 85% serão destinados ao segmento de distribuição de energia elétrica, hoje o principal braço de negócios da companhia. Do montante, pelo menos R$ 2,09 bilhões serão alocados no segmento de distribuição. Outros R$ 265,1 milhões vão ser destinados à Copel Get, que atua em geração e transmissão dedicados a manutenção e reforços de melhorias e não contempla aportes de aquisição.
Além disso, outros R$ 150 milhões devem ser investidos em até dez anos para serem destinados à energytechs com foco em novas energias renováveis, como hidrogênio verde, eficiência em processos internos, gestão de ativos e instalações, cidades inteligentes e mobilidade elétrica.
Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente da empresa, Daniel Slaviero, explica que o fraco crescimento da demanda por energia associado a um cenário de preços baixos de energia, o investimento no setor de distribuição é o que traz melhor retorno.
“Mais uma vez consolidamos um investimento na distribuição aqui no Paraná. Deste total, R$ 2,09 bilhões estão no segmento. Fazemos uma renovação nos ativos que ficaram depreciados ao longo dos anos e os anos de 2024 e 2025 são os últimos dois anos do ciclo para uma nova base de remuneração. Ou seja, temos uma oportunidade aqui para melhorar a base de remuneração que vai se dar em junho de 26, além de aumentar a qualidade da prestação de serviço e reduzir custos”, explica.
O executivo lembra que o foco na distribuição segue a premissa da privatização da empresa, que entre outras coisas previa a criação de uma ação de classe especial de titularidade do Estado do Paraná (golden share) com poder de veto, que visa garantir os investimentos da Copel Distribuição.
Serão contemplados o programa Paraná Trifásico, de modernização da rede rural que chegou a 15 mil km de redes trifásicas no estado em substituição às antigas monofásicas e deve chegar a 20 mil km em 2024, além de projetos em redes inteligentes e o programa Confiabilidade Total.