Não há caminho indolor para se corrigir o desajuste fiscal atual e futuro, mas a eliminação de isenções tributárias regressivas e injustificáveis e a revisão de algumas regras que regem os programas sociais seriam um bom começo
Os sinais na economia não são nada alvissareiros: está em curso a repetição do que se viu no período de 2008 a 2015
Num país cuja dívida pública cresce aceleradamente, não será possível preservar por muito tempo esse frágil equilíbrio social em que transferências de programas sociais suprem o mal desempenho da economia
Parte da nova política industrial de Lula repete erros da guerra comercial sino-americana e não dará certo, como no passado
Ao priorizar setores e aumentar as distorções e custos impostos ao resto da economia, a nova política industrial reproduz erros cometidos no passado
O Planalto vem sinalizando insistentemente que gastos são prioridade, independentemente de como são financiados
O sustento dos programas sociais foi majoritariamente transferido a apenas um em cada três trabalhadores ativos
O tempo da industrialização acelerada e do modelo baseado em investimentos físicos, em construção civil e infraestrutura passou
Os cenários mais desastrosos estão afastados, mas nada de muito bom virá de um governo prisioneiro de concepções ideológicas do passado
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