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Por JBS

Em menos de 30 anos, em 2050, a população mundial deverá alcançar 9,8 bilhões de habitantes, segundo o Fórum Econômico Mundial. É 1,8 bilhão a mais de pessoas do que hoje, o equivalente à soma da população da China e dos Estados Unidos. Tal crescimento vai resultar no aumento de 88% na demanda por proteína para alimentar a população, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Para atender esse cenário, será preciso atuar em algumas frentes, como aponta um estudo, produzido pelo The Good Food Institute Brasil (GFI), uma organização global sem fins lucrativos que trabalha para transformar a cadeia de produção de alimentos.

A humanidade terá diante de si, aponta o relatório, a demanda por alimentar a população de forma segura e justa, de forma a proporcionar alimentação saudável, equilibrada e acessível para todos.

E uma das alternativas em vista é a proteína cultivada. Para produzi-la, células-tronco são extraídas de um animal sem a necessidade de abate, isoladas e cultivadas, primeiro em frascos pequenos em meio nutritivo, depois são transferidas para biorreatores. Posteriormente, são aplicadas em estruturas proteicas 3D e maturadas em incubadoras. O produto final pode ser utilizado para produzir alimentos como hambúrgueres, embutidos e almôndegas. O resultado se traduz na ampliação da capacidade de produzir proteína, diversificando as fontes de produção.

“É um assunto discutido há um certo tempo. Mas o ganho de escala está se dando agora porque a tecnologia está ficando mais viável, e, por isso, os investimentos no desenvolvimento dessas proteínas alternativas começam a acompanhar esse momento e estão cada vez maiores”, explica Vivian Feddern, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves. Em sua avaliação, a vantagem de investir desde já neste mercado em franca ascensão é evidente: “Além da vanguarda tecnológica, poderemos oferecer métodos alternativos de produzir proteínas a outras empresas e países onde, por exemplo, não é possível cultivar alimentos ou criar rebanhos de gado e de frango”.

US$ 100 milhões

Segundo a consultoria McKinsey, a produção estimada de proteína cultivada poderá alcançar entre 0,4 a 2,1 milhões de toneladas métricas até 2030. Isso significa 0,1% a 0,56% da demanda global de carne, ou 375 milhões de toneladas métricas. Essa é uma tendência que a Embrapa pesquisa há anos.

Caroline Mellinger, pesquisadora na Embrapa Agroindústria de Alimentos do Rio de Janeiro, lembra que, de fato, desde os anos 1970, novas opções de produtos são pesquisadas. “Atenta à demanda, centros de pesquisa, como a Embrapa e instituições privadas, estão atuando no desenvolvimento de novos ingredientes que resultem em produtos de excelente qualidade, sobretudo em termos de sabor e textura”, lembra ela.

Janice Lima, também pesquisadora na Embrapa Agroindústria de Alimentos do Rio de Janeiro, reforça: “Os produtos atualmente disponíveis são sensorialmente diferentes dos primeiros lançamentos, além de entregar opções mais saudáveis e com rótulos com informações claras – fatores muito importantes e apreciados pelo novo consumidor”. As pesquisadoras apontam que, entre as tendências de mercado, se incluem os produtos híbridos, com o uso, por exemplo, de proteína cultivada em conjunto com proteínas vegetais.

Assim, vem crescendo rapidamente, no Brasil e no mundo, o investimento em pesquisa e tecnologia para buscar alternativas de produção de proteína. Afinal, encontrar novas opções para complementar os modelos tradicionais de produção é estratégico para atender a demanda por alimentos provocada pelo crescimento populacional global.

Diferentes países já caminham nesta direção. Singapura, por exemplo, já aprovou a comercialização de proteína cultivada para consumo, enquanto a Holanda está próxima de alcançar o mesmo feito.

Como maior empresa de alimentos do mundo, a JBS lidera os investimentos em proteína cultivada para complementar a oferta dos modos tradicionais de produção de proteínas – que também são essenciais para o futuro.

Nesse contexto, o investimento da JBS no mercado de proteína cultivada é da ordem de US$ 100 milhões. Os aportes alcançam duas ações complementares. Uma delas envolveu a aquisição do controle da empresa espanhola BioTech Foods, concretizada em maio deste ano. Trata-se de uma das líderes no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada, que conta com apoio e financiamento do governo espanhol e da União Europeia.

Centro de inovação

A segunda aposta da empresa é a construção do JBS Biotech Innovation Center, em Santa Catarina, em que a JBS está aplicando US$ 60 milhões. “Esse é, de longe, o maior investimento de uma empresa brasileira no setor de proteína cultivada e reforça nossa estratégia de inovação para atender à crescente demanda por alimentos, resultado do crescimento da população global. O JBS Biotech Innovation Center coloca a companhia numa posição única para liderar este segmento”, avalia Eduardo Noronha, Head de Inovação e Excelência Operacional da JBS.

A ser construído em um terreno de 40 mil metros quadrados, compondo um complexo que ocupará uma quadra de quatro lotes margeados por pequeno lago artificial, em posição privilegiada no Sapiens Parque, parque tecnológico localizado em Florianópolis, o complexo abrangerá laboratórios especializados, ocupando inicialmente 10 mil metros quadrados.

“O movimento que está sendo consolidado por meio do JBS Biotech Innovation Center é inédito no Brasil. Não há nada nesse porte em desenvolvimento no segmento, seja pela iniciativa privada ou por investimentos públicos”, afirma o professor Luismar Porto, presidente do JBS Biotech Innovation Center.

Ele é um dos maiores especialistas em bioengenharia do país, ao lado de Fernanda Berti, vice-presidente do centro. “A forma como a JBS tem investido no assunto mostra a seriedade com que ela aborda o mercado de proteína cultivada. Estudamos o assunto profundamente, há mais de um ano, incluindo tendências de mercado, e optamos por investimentos em uma empresa madura e num centro de pesquisa que vai ampliar as possibilidades de atuação”, conclui o professor.

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