JBS Net Zero
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Por JBS

O comércio internacional tem sido afetado pelas mudanças climáticas. Nesse cenário, a agenda do clima está presente em diversas discussões e já impacta de forma direta e indireta as principais decisões e relações entre os países. O resultado é o estabelecimento de medidas que podem influenciar o comércio internacional e mudar a dinâmica do fluxo de produtos ao redor do mundo. E o mercado de crédito de carbono está no centro deste processo.

Somente o mercado voluntário, que não depende de legislação, movimentou cerca de US$ 2 bilhões em 2021, de acordo com uma estimativa da Ecosystem Marketplace. É quatro vezes o que havia sido registrado em 2020. Esse segmento pode alcançar US$ 50 bilhões até 2030, segundo a projeção da McKinsey.

Enquanto isso, os países desenvolvidos se movimentam com ações legais: em 2021, a União Europeia apresentou sua proposta legislativa de Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, em inglês). O objetivo é estabelecer um instrumento de cobrança adicional sobre produtos importados pela União Europeia com base na quantidade de carbono embutida no produto. Com a entrada em vigor do CBAM, prevista para o início de 2023, os exportadores do Brasil deverão estar preparados para fornecer informações sobre as suas emissões.

Além disso, em outubro de 2022, o Departamento de Estado dos Estados Unidos abriu consulta pública sobre opções de combate ao desmatamento associado a commodities. Há, ainda, uma proposta legislativa em curso no Senado americano que pretende estabelecer due diligence de desmatamento nas cadeias de fornecimento de determinadas mercadorias do setor primário.

Há a preocupação de que medidas unilaterais como essas se tornem barreiras comerciais discriminatórias. Ainda assim, o Brasil tem condições para participar ativamente desse mercado: a McKinsey estima que o País responde por 15% do potencial total de oferta de soluções baseadas na natureza, e que o agronegócio é o setor com melhores condições de gerar créditos de carbono a partir de ações de proteção de florestas nativas.

Compromisso da CNI

O setor privado brasileiro está comprometido com o desenvolvimento sustentável e a construção de uma agenda ampla de trabalho direcionada a uma economia de baixo carbono, como ficou claro com o acordo firmado entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Durante a mais recente Conferência das Partes, a COP27, realizada em novembro no Egito, as entidades assinaram um termo de compromisso para construir uma agenda conjunta de trabalho em prol da COP28, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes.

Para Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, a estratégia nacional da entidade se apoia em quatro pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. “São estratégias para o Brasil aproveitar todas as suas vantagens e potencialidades”, explica.

“Isso inclui intensificar a adoção de fontes renováveis de energia e o reconhecimento da importância dos biocombustíveis; a adoção de um mercado de carbono baseado no sistema cap and trade; a circularidade, baseada principalmente na reciclagem e no uso eficiente dos recursos naturais para gerar modelos de negócios menos dependentes de matéria-prima virgem; e o fomento de cadeias produtivas a partir do uso sustentável da biodiversidade e das florestas, com ações mais efetivas de combate ao desmatamento ilegal e de controle das queimadas, sobretudo na Amazônia, além de fomento à bioeconomia”, acrescenta.

Durante a COP27, a indústria brasileira mostrou que é parte da solução, assegura o presidente da CNI. Em sua análise, para reduzir emissões de gases causadores de efeito estufa e, ao mesmo tempo, promover o crescimento sustentável do Brasil, é preciso estabelecer uma abordagem coordenada entre os governos federal e estaduais, além de diálogo com o setor produtivo para alinhamento de ações estratégicas.

“A CNI entende que um plano de implementação das metas do Brasil (NDC) é fundamental para garantir transparência e coordenação de esforços entre governo e setor privado. Considerando o perfil de emissões brasileiro, o combate ao desmatamento é essencial para que o País reduza as suas emissões permitindo assim cumprir as metas ambiciosas estabelecidas”, explica.

JBS Net Zero

Comprometida a ser Net Zero até 2040, zerando o balanço líquido de emissões de gases de efeito estufa, considerando os escopos 1, 2 e 3, a JBS, a maior empresa de alimentos do mundo, participou ativamente dos debates da COP27. “Precisamos produzir mais e, ao mesmo tempo, reduzir emissões”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. “Queremos apoiar a transição dos produtores para a economia de baixo carbono”, destaca.

Para Liège Correia, diretora de sustentabilidade da Friboi, que esteve presente no painel que tratou sobre mercado de carbono na COP27, o desmatamento é um dos desafios mais urgentes a serem enfrentados. “Não é um desafio trivial para o Brasil, devido à complexidade das cadeias envolvidas, como a da pecuária. Acima de tudo, não é algo que algum ator possa resolver sozinho. É preciso uma ação coordenada e consistente de todos os envolvidos”, diz.

Ela lembra que há mais de 10 anos a empresa utiliza as melhores bases públicas de dados e um sistema georreferenciado, com imagens via satélite, para monitorar diariamente 86 mil fornecedores de bovinos. “Para estender esse mesmo controle aos fornecedores de nossos fornecedores, implantamos a Plataforma Pecuária Transparente, que utiliza tecnologia blockchain”, afirma.

Como ela aponta, é preciso apoiar os produtores nessa jornada. “Para ter sucesso, devemos respeitar a diversidade do setor agrícola e entender os desafios lá no campo. Precisamos trabalhar em conjunto com os produtores e compartilhar conhecimento com eles, além de facilitar o acesso a crédito e incentivar a inclusão para impulsionar a sustentabilidade”, afirma.

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