![Leandro Mattos, vice-presidente de Soluções de Transferência da Mastercard — Foto: Divulgação](https://s2-valor.glbimg.com/f40uOEntRfDyszaMWY9FnEG9vz8=/0x0:1225x1598/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2023/a/a/BWmOQ7SHqXKhLYhfI33Q/leandromatos-28-2-.jpg)
Até recentemente, fazer transferências internacionais era um desafio repleto de incertezas: do tempo para que o montante chegasse ao local de destino às contas para entender o valor final líquido que seria, de fato, transferido. Outra preocupação era a garantia de que a operação aconteceria sem nenhum percalço pelo caminho, sendo concluída com sucesso.
Pensando em mitigar esses problemas e facilitar as remessas a outros países, desde 2019 a Mastercard, empresa global de tecnologia em meios de pagamento, tem investido de forma robusta em agregar conhecimento e tecnologias para melhorar a experiência dos clientes que buscam por esse serviço. De acordo com Leandro Mattos, vice-presidente de Soluções de Transferência, a companhia fez aquisições que ultrapassaram os US$ 5 bilhões para atuar em soluções “multirail” como, por exemplo, em remessas internacionais.
“Nós adquirimos empresas especializadas, internalizamos esse serviço, chamado de “Cross-Border Service” dentro da Mastercard, e oferecemos as soluções para que bancos, fintechs e instituições financeiras possam promover remessas internacionais de uma forma mais rápida, prática, assertiva, transparente e segura”, diz.
Quem usa o serviço ‘cross-border’
Por conta da pandemia, 38% dos consumidores aumentaram a frequência de transferências internacionais realizadas, como mostra o estudo “Borderless payments”, de 2022, feito pela Mastercard. O relatório também aponta que 63% dos consumidores utilizam os serviços de “cross-border” para enviar montantes para familiares e amigos, 43% fazem compras internacionais e 18% enviam dinheiro ao exterior com finalidade de investimento.
Há também o uso para pagamento de cursos em países estrangeiros e em casos de intercâmbio estudantil, por exemplo. E, para as mais diferentes necessidades, existem também variadas modalidades de transferência.
Hoje, a Mastercard atua em mais de cem mercados, cobrindo 90% da população mundial, com o envio de remessas em mais de 60 moedas, sendo 40 segmentos com conclusão e entrega para o mesmo dia. No Brasil, dois bancos já utilizam a plataforma da companhia, que tem como diferencial uma API única que facilita o uso e agiliza a troca de informações necessárias para concluir as transferências, incluindo o rastreamento da remessa.
“Por meio da nossa plataforma, o consumidor pode simular quanto custaria transferir o valor desejado para o país que quiser, já recebe a informação também dos horários de recebimento e escolhe se a transferência será feita para uma conta-corrente ou na modalidade cash pick-up. Nos países e bancos que aceitam esse formato, a pessoa que recebe a transferência pode sacar o dinheiro em qualquer banco sem precisar ter uma conta no país de destino”, explica Leandro Mattos.
Buscando mais agilidade
Para chegar a mais lugares, e de forma mais rápida, o Cross-Border Services, da Mastercard, depende dos avanços e das regras de cada país, mas o intuito é que as remessas internacionais sejam cada vez mais práticas, rápidas, previsíveis, transparentes e seguras, com agilidade similar à de pagamentos instantâneos.
Os pagamentos em tempo real estimulam a evolução do mercado e abrem portas para o aprimoramento do “cross-border” em outros países. Em julho, está previsto o lançamento do “FedNow” nos Estados Unidos, e em breve o Canadá também pretende replicar o modelo de pagamento instantâneo.
“Alguns países, como China, Tailândia, Cingapura e Reino Unido, já recebem as transferências em tempo real. Todo o sistema bancário está contemplado em nossa plataforma, e vamos acompanhar as evoluções que acontecerem dentro dele. Nosso objetivo é atender às necessidades dos clientes que querem simplicidade e velocidade”, conclui Mattos.