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Por Projeto Especial - ESG


Estudo de pesquisadores britânicos aponta que 75% das pessoas entrevistadas em dez países, incluindo o Brasil, acreditam que 'o futuro é assustador' — Foto: Getty Images
Estudo de pesquisadores britânicos aponta que 75% das pessoas entrevistadas em dez países, incluindo o Brasil, acreditam que 'o futuro é assustador' — Foto: Getty Images

Nos últimos tempos, inúmeros fenômenos climáticos anormais deixaram claro que as mudanças climáticas são uma realidade, oferecem sérios riscos à economia e causam milhares de mortes no quatro cantos do planeta todos os anos. Um aspecto ainda pouco discutido, porém, são os seus impactos sobre a saúde mental das pessoas, algo que, cada vez mais, vem sendo comprovado pela ciência.

Um estudo recente realizado por um grupo de pesquisadores britânicos com jovens de 15 a 26 anos em dez países, incluindo o Brasil, apontou que 45% dos mais de dez mil entrevistados tinham pensamentos negativos em relação às mudanças climáticas, afetando, inclusive, o seu cotidiano. O trabalho, tido com o maior já realizado sobre o tema em todo o mundo, afirma que a chamada "ansiedade climática" inclui sentimentos como medo, raiva, rancor, culpa e vergonha.

"Nós não sabíamos o quanto eles estão apavorados. Uma criança disse para mim: eu estou com medo de respirar o ar fora da minha casa", conta a psicoterapeuta Caroline Hickman, uma das autoras do estudo, em entrevista à rádio francesa RFI. "Quando iniciamos a pesquisa, sabíamos que a vida cotidiana deles estava sendo afetada por isso, mas não sabíamos o quanto estava abalando a alimentação, o sono, o estudo e as brincadeiras."

Ainda de acordo com o trabalho, 75% das pessoas entrevistadas acreditam que “o futuro é assustador”, número que sobre para 92% entre os jovens nas Filipinas, fato que pode influenciar até as questões demográficas no futuro, já que 39% dos entrevistados afirmam estar hesitantes até em ter filhos.

Apesar das dificuldades de se medir os impactos das mudanças climáticas na saúde emocional das pessoas, há suficientes evidências sobre essa relação. Não há dúvida de que o equilíbrio traz a sensação de segurança, enquanto o enfrentamento de um desastre climático extremo, como uma seca prolongada, enchentes e furacões estimulam reações psicológicas negativas, que incluem depressão, transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade e aumento da tensão pessoal, familiar e social.

"Quando ficamos ansiosos, reagimos fisiologicamente, fazendo com que nossas escolhas não sejam totalmente conscientes. Ficamos preocupados e pensando no futuro, deixando de viver o presente e, muitas vezes, cuidar do que podemos", explica a psicóloga Ana Amélia de Faria, especialista em neurociência da Optum.

Segundo a psicóloga, os jovens são mais os mais impactados pela situação, já que têm um maior senso de urgência. Ao mesmo tempo, eles também são os que mais possuem estratégias para adaptação, conseguindo ter resiliência para lidar com as coisas que acontecem ao seu redor.

Resiliência, de fato, é a palavra-chave para sobreviver neste momento de transformação. As mudanças climáticas, como vimos, já impactam diretamente as nossas vidas, mas é preciso tranquilidade para enfrentar as dificuldades impostas e viver o presente da melhor forma - talvez até contribuindo ativamente para uma mudança deste cenário.

"Em termos práticos, podemos nos regular de várias formas, como percebendo a respiração, praticando meditação e mindfulness (atenção plena), expressando o que sentimos quando nos sentimos seguros, praticando atividades físicas, dentre outras possibilidades", conclui a especialista.

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