Colunas de Ana Leoni

Por Ana Leoni

Sócia cofundadora da BEM Educação, comentarista da CBN e Membro Independente de Conselho de Administração

São Paulo


Não se fala em outra coisa a não ser o novo filme da Disney e Pixar Divertidamente 2. É só dar um passeio pelas redes sociais para ver de análises profundas sobre o filme, a piadas, memes e até bastidores dessa produção. Confesso que ainda não assisti a parte 2, mas se o primeiro Divertidamente já habitava entre os meus filmes preferidos, pela sagacidade de como o assunto é tratado, imagino que a continuação deva superar o posto. Mas mesmo não ter ido ‘ainda’ ao cinema, resolvi fazer uma mistura e criar aqui a Divertida Mente financeira.

Mas ante disso, para quem não assistiu nem ao 1 e nem ao 2, vai um resumão sem spoiler. O filme trata dos diferentes sentimentos da protagonista do filme, a Riley. Uma adolescente que, como todos, enfrentam seus dilemas e incertezas dessa fase da vida. No primeiro filme, as aventuras e interações se davam com as emoções primárias: Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho. Na continuação, a Ansiedade, a Vergonha, a Inveja e o Tédio passaram a fazer parte da trama. Essas emoções, com suas características únicas, trabalham juntas para ajudar Riley a lidar com suas experiências diárias e os desafios do crescimento.

Mas será que dá para criar um paralelo dessas tantas emoções e as finanças pessoais? Dá. E aqui vai.

A Alegria é a emoção que busca manter Riley feliz e otimista, sempre tentando encontrar o lado positivo das situações. No mundo das finanças, alegria pode ser comparada aos investimentos bem-sucedidos e aos objetivos de vida alcançados. O sucesso nos investimentos é mais do que apenas o resultado em si ou os ganhos financeiros contabilizados, mas também a sensação de realização e segurança.

Já a Tristeza, por outro lado, representa aqueles momentos de melancolia e reflexão. No campo das finanças, tristeza é não poder pagar os boletos do final do mês ou a incapacidade de realizar os planos da vida. São mais de 70 milhões de brasileiros nessa situação, que se deparam com dívidas acumuladas, carregando a sensação de peso e desânimo se desdobrando, inclusive, em outros tantos sentimentos.

E o que dizer da Raiva? Essa emoção domina quando algo não sai como planejado ou quando há frustração associada a mudança de planos. No contexto financeiro, raiva pode ser sentida quando pagamos impostos, quando os rendimentos da nossa parcela de renda variável variam ou quando as coisas saem do controle. No meu caso, entra a raiva quando pago caro por alguma coisa que, no fundo, não vai me agregar nada!

No filme, o Medo é a emoção que mantém Riley segura, prevenindo-a de perigos potenciais. Esse talvez tenha sido meu personagem preferido no primeiro filme. Nas finanças, medo está associado a incerteza sobre o futuro, os imprevistos financeiros, como a perda de emprego ou emergências médicas, por exemplo. E tem também aquele medo de dar um passo a mais, sair da poupança e navegar em outros mares. Com esse medo, 26% dos brasileiros ainda mantém seu suado dinheirinho na velha e boa caderneta de poupança.

A Nojinho se supera. No filme é ela que evita que Riley consuma coisas desagradáveis, mas também não deixa que ela experimente coisas que ela pode vir a adorar. Na vida financeira, dá para dizer que é a repulsa de muita gente de falar sobre o assunto, de cuidar melhor do dinheiro ou de encarar uma planilha de Excel para começar a controlar os gastos. Mas se bem canalizada, essa emoção pode ajudar a evitar gastos desnecessários e a manter um orçamento equilibrado. Ao reconhecer e evitar despesas que não são essenciais, dá para gerenciar melhor nossos recursos financeiros finitos e garantir que gastemos de maneira inteligente com o que verdadeiramente importa.

Quanto a Ansiedade, a Vergonha, a Inveja e o Tédio, esses eu deixo para depois que eu voltar do cinema.

Ana Leoni — Foto: Arte sobre foto Divulgação
Ana Leoni — Foto: Arte sobre foto Divulgação
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