A Usiminas caiu firme no pregão desta segunda-feira (29). A Usiminas recuou 4,42%, negociada a R$ 6,05 após anunciar que foi notificada de decisão judicial determinando a redução da participação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na companhia. A CSN, por sua vez, devolveu 0,91%, a R$ 11,92.
A decisão determina que a CSN reduza sua participação na Usiminas dos atuais 12,9% para menos de 5%, conforme já determinado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em termo assinado em 2024.
A siderúrgica afirma que já terminou o prazo estipulado pelo juízo para a venda das ações, sem que a CSN tenha cumprido a decisão judicial. O processo em curso corre em segredo de justiça.
Além desse imbróglio, o Bank of America (BofA) cortou a recomendação de Usiminas de neutra para venda e o preço-alvo de R$ 9 para R$ 6 .
Segundo os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito, os resultados ruins da Usiminas no segundo trimestre levaram a uma revisão substancial nas estimativas para o ano.
Eles cortaram em 17,8% as projeções de Ebitda para o ano, de R$ 2,37 bilhões para R$ 1,94 bilhão, por conta principalmente de uma maior pressão de custos. Nem mesmo a perspectiva de maiores preços do aço ajudaria.
Por conta disso, os múltiplos das ações ficam esticados, sendo negociados a 6,4 vezes o Ebitda e com rendimento de 6,1% do fluxo de caixa, em meio às incertezas operacionais para o segundo semestre.