Os fundos imobiliários tendem a passar por uma consolidação e os maiores sobreviverão, afirmaram gestores desses produtos no evento “Money Week”, realizado em Balneário Camboriú pela corretora EQI Investimentos nesta sexta-feira (2). Atualmente, existem 479 fundos imobiliários listados na bolsa.
“Enxergamos que os fundos imobiliários maiores e mais líquidos costumam ter uma relação entre o risco e o retorno melhor no longo prazo do que os produtos menores, porque a liquidez nesse mercado é muito relevante”, afirmou Guilherme Antunes, sócio e gestor de crédito imobiliário da RBR Asset. “Os fundos grandes são os preferidos da indústria e existe uma tendência de consolidação”, disse.
Ele acrescentou que, para os gestores, é melhor também administrar carteiras maiores. “Um mercado com grandes fundos dominantes com liquidez traz mais possibilidades para os investidores”, afirmou.
Rodrigo Abbud, sócio-fundador da VBI Real State, afirmou que a gestora está bastante ativa nesse cenário de consolidações e que essa tendência já está acontecendo. “Nos Estados Unidos há 1,3 trilhão de dólares nos ativos equivalentes aos fundos imobiliários, enquanto o Brasil conta com R$ 50 bilhões nessa indústria, mas tem muito mais fundos. Lá, os fundos são bem maiores do que os nossos”, disse.
“Com a consolidação poderemos trabalhar, reduzir a oscilação do mercado e melhorar a relação entre o retorno e o risco. Saberemos o que estamos comprando. Há uma série de vantagens para o investidor”, acrescentou. Na análise dele, a consolidação contribui para a evolução da governança nesse mercado.
(*A repórter viajou a convite da corretora EQI Investimentos)