Tesouro Direto

Por Valor Investe — São Paulo


Investir no Tesouro Direto é muito mais fácil do que você imagina. Mas para começar a investir em títulos no Tesouro Direto é melhor entender onde você está investindo seu dinheiro na tentativa de fazer ele render mais. O Tesouro Direto é uma maneira de você, pessoa física, comprar títulos do Governo Federal. Ao investir em títulos da dívida pública, você empresta dinheiro ao Brasil.

Em troca de emprestar dinheiro ao País, você tem a promessa do governo de devolver seu dinheiro no futuro, com juros. Todo título do Tesouro Direto tem um vencimento. É nesta data de vencimento que o investidor recebe de volta 100% do valor investido com juros.

Os títulos do Tesouro Direto, emitidos pelo Tesouro Nacional, têm diferentes prazos de vencimento, que é o tempo de contrato para manter o dinheiro ali. E esses tipos e prazos dependem muito do seu objetivo financeiro.

Outra coisa importante é que para investir no Tesouro Direto você deve ter conta em uma corretora ou em um banco. Precisa haver um intermediário na transação. Mas abrir conta em corretora está mais fácil do que nunca. O processo pode ser feito on-line.

Veja o passo a passo para investir no Tesouro Direto

  1. Escolha um agente de custódia (uma corretora independente ou corretora de banco) e abra uma conta. Ele será responsável por intermediar suas transações com o Tesouro Direto e guardar eletronicamente os seus papéis, que estarão na custódia da B3 (a antiga Bovespa). Para isso, serão necessários o CPF e uma conta corrente em uma instituição financeira (para a transferência de dinheiro). O site do Tesouro Direto mostra uma lista dessas instituições disponíveis e quanto cobram de taxa de administração pelo serviço de intermediação, veja aqui.
  2. Faça o cadastro na plataforma do Tesouro Direto. Você deve pedir para sua corretora ou banco te credenciar no serviço de compra de títulos públicos do Tesouro Nacional. Como será a bolsa que vai guardar o dinheiro que você vai investir, assim que se cadastrar, você receberá uma senha provisória da B3 para o primeiro acesso à área restrita do Tesouro Direto. Se a sua corretora não tiver o sistema integrado com o Tesouro, é nesta plataforma que você fará a compra e venda de títulos e poderá consultar seu saldo e puxar o extrato dos rendimentos. Observação: você pode até aplicar diretamente no site do Tesouro Direto, mas precisará de uma corretora de qualquer forma.
  3. Troque a senha provisória antes de tudo. Sabe a senha da B3 que você recebeu? Ela é temporária, ou seja, você precisa trocar por uma sua, pessoal e intransferível. É fácil. Acesse o Portal do Investidor do Tesouro com a senha provisória e substitua por uma nova, no padrão de 8 a 16 dígitos, incluindo números, letras e caracteres especiais (como !@#). Pronto! Você já está habilitado para investir no Tesouro Direto.
  4. Transfira o dinheiro que quer investir para sua conta na corretora. Em alguns casos, pode levar um dia útil para a transferência ser concluída e o dinheiro ficar disponível na sua conta.
  5. Escolha quais títulos são mais adequados para os seus objetivos financeiros. Há diversas opções de investimentos no Tesouro Direto.
    - Tesouro Prefixado (com três opções de vencimento)
    - Tesouro Selic (com duas opções de vencimento)
    - Tesouro IPCA+ (com seis opções de vencmento)
    - Tesouro Renda+ aposentadoria extra (com oito opções de vencimento)
    - Tesouro Educa+ (com 16 opções de vencimento)
    Para entender suas diferenças e decidir em qual investir, acesse nosso post "Na sopa de letrinhas do Tesouro Direto, qual a melhor opção?"
  6. Definido o título adequado, basta efetuar a sua compra. Não se esqueça de acompanhar o vencimento do título para reinvestir o dinheiro. Anote na agenda a data de vencimento.
  7. Aplique sempre. Se você quiser, pode agendar aplicações no Tesouro. Primeiro você precisa determinar quanto quer investir por mês e em qual (ou quais – pode ser mais de um) título. Aí você vai cadastrar esse pedido na plataforma da sua corretora, autorizando no tal dia ela retirar da sua conta no banco um valor X e comprar aqueles papéis que você quer. E se você se arrepender e quiser voltar atrás, pode cancelar o agendamento até um dia antes da data programada.

Quais os riscos de investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros do país. Mas ele tem sim riscos. O primeiro risco é o de crédito, que é de você levar um calote. Esse risco é muito pequeno. Só se o Brasil quebrasse de vez, você não receberia. Porque enquanto houver Brasil e governo funcionando, o Tesouro sempre poderá rolar a dívida emitindo novos títulos para trocar por dinheiro e devolver para quem está resgatando.

Você não enfrenta, por exemplo, risco de liquidez. Quando você quiser resgatar seu dinheiro, mesmo antes do prazo, será possível fazer isso. Mas ao tirar o dinheiro antes do combinado você enfrenta o risco de marcação a mercado.

Esse risco varia de acordo com o vencimento do título, quanto mais longo o vencimento, maior o risco, porque o título fica suscetível a mais incertezas em sua duração. O Tesouro Selic é o título que possui menos esse risco, ele não tem muita variação de preço. Mas até ele sofreu com isso recentemente.

Todos os dias, o preço dos títulos sofre alteração de acordo com a demanda do mercado. Se você resgata seu dinheiro antes do prazo e naquele dia o título está valendo menos do que quando você comprou, você perde dinheiro. Mas se a curva de juros se inverte e você tira o dinheiro num dia em que o título vale mais do que quando você comprou, você tira essa diferença em ganhos. É um risco, algo difícil de prever, que depende do ambiente econômico e da confiança do mercado no governo.

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Quanto preciso pagar para investir no Tesouro Direto e quanto vou receber?

Isso vai depender de qual título do Tesouro Direto você escolher, cada um oferece uma remuneração de juros diferente e elas mudam praticamente todos os dias. No site do Tesouro Direto, você consegue fazer simulações.

Mas a remuneração de juros sempre será proporcional ao risco: quanto maior o prazo, maior o prêmio de risco, que são os juros oferecidos para pagar mais e mais adiante. Quanto mais longe o vencimento, mais juros você tem de receber.

Você não precisa de tanto dinheiro assim para investir. Existem aplicações no Tesouro Direto por menos de R$ 40, que é quando você compra um pedacinho da dívida pública, fracionada. Esse valor vai depender do tipo de título escolhido. No Tesouro Selic, os investimentos começam com pouco mais de R$ 100.

Uma coisa para ficar atento é se sua corretora ou banco cobra taxas para investir no Tesouro, por aplicação. Hoje em dia, a maioria dos agentes financeiros zerou as taxas, mas não custa se certificar.

Com exceção das aplicações de até R$ 10 mil no Tesouro Selic, existe uma taxa fixa anual, chamada de taxa de custódia, de 0,25% ao ano de tudo que está aplicado. Essa taxa varia e agora está bem mais baixa do que era antigamente.

Outro ponto que afeta sua rentabilidade é quando você decide resgatar o dinheiro. Porque nos investimentos existe a tabela regressiva de imposto de renda. Quanto mais tempo você deixa o dinheiro investido, menos imposto você paga. Então quem deixa o dinheiro aplicado por mais de dois anos, paga a alíquota mínima que é de 15% do tudo que rendeu.

O que é Tesouro Direto?

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