Comportamento

Por Por Isadora Moraes


Na foto, gatos selvagens da Ilha Furtada, localizada no Rio de Janeiro — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )
Na foto, gatos selvagens da Ilha Furtada, localizada no Rio de Janeiro — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )

Imagine a seguinte cena: você chega em uma ilha, cercada por belezas naturais, e se depara com diversos gatos selvagens espalhados pelos quatro cantos. Essa é a realidade da Ilha Furtada, localizada em Mangaratiba, no município Costa Verde, Rio de Janeiro, que tem cerca de 400 felinos abandonados.

Segundo Amélia Oliveira, médica-veterinária e fundadora da associação Veterinários na Estrada, que monitora e realiza trabalho voluntário no local desde 2012, tudo começou na década de 1950, quando um rapaz resolveu morar na ilha, levando duas gatas e um gato. Depois de um tempo, os animais foram deixados no espaço e acabaram se reproduzindo.

Os voluntários da associação Veterinários na Estrada monitoram a ilha desde 2012 — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )
Os voluntários da associação Veterinários na Estrada monitoram a ilha desde 2012 — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )

Com o passar do tempo, outras pessoas também começaram a abandonar gatos na região e a superpopulação foi agravando, cada vez mais, a saúde dos animais que vivem ali.

De acordo com Alex Heringer Reis, médico-veterinário da secretaria de saúde de Mangaratiba, a superlotação de gatos também gera uma desarmonia na fauna natural. Dra. Amélia explica que isso acontece por meio de contaminações no solo com vermes, protozoários e ácaros que, geralmente, são encontrados em bichos domésticos. “Isso dissemina doenças entre os animais silvestres e também diminui a fauna existente”, afirma.

Na foto, é possível ver o barco da equipe Veterinários na Estrada com algumas gaiolas para o resgate dos gatos — Foto: ( Amélia Oliveira/ Arquivo pessoal)
Na foto, é possível ver o barco da equipe Veterinários na Estrada com algumas gaiolas para o resgate dos gatos — Foto: ( Amélia Oliveira/ Arquivo pessoal)

A fim de minimizar essa situação, a associação Veterinários na Estrada, em conjunto com a Secretaria de Saúde de Mangaratiba e a SPCA International, realiza várias ações ao longo do ano para ajudar e amparar esses gatos que sobrevivem de forma precária.

“Fazemos ações a cada 3 ou 4 meses, realizando a captura e castrações desses bichos. Os filhotes e animais mansos são vermifugados, vacinados, castrados e encaminhados para adoção com a ajuda de ONGs locais. Já aqueles que são muito bravos são vermifugados, castrados e devolvidos para o local de origem, para que terminem seu ciclo, onde já estão habituados”, explica Dra. Amélia. Esse retorno ocorre pois é muito difícil colocá-los em um processo de domesticação novamente.

Alguns gatos da Ilha Furtada são resgatados e colocados para adoção em ONGs da região — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )
Alguns gatos da Ilha Furtada são resgatados e colocados para adoção em ONGs da região — Foto: ( Diego Lara/ Território Audiovisual/ Divulgação )

Além disso, o Dr. Alex conta que, além de realizar a esterilização periodicamente, a Secretaria de Saúde também está fazendo campanhas para a aumentar a conscientização da população acerca do abandono, bem-estar e adoção dos animais e está disponibilizando castrações gratuitas para os moradores da região. "Para quem abandoná-los, nós aplicamos as penas descritas na lei de maus-tratos e na lei ambiental”, alerta.

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