Comportamento

Por Por Gladys Magalhães


Segundo médico-veterinário, o porquinho-da-índia é uma boa opção para quem tem crianças, não dispõe de muito espaço, e gostaria de ter um pet — Foto: ( Pixabay/ Mgventer10/ CreativeCommons)
Segundo médico-veterinário, o porquinho-da-índia é uma boa opção para quem tem crianças, não dispõe de muito espaço, e gostaria de ter um pet — Foto: ( Pixabay/ Mgventer10/ CreativeCommons)

Se você tem filhos pequenos e gostaria que sua criança tenha contato com um animal de estimação, mas possui pouco espaço em casa para ter um cachorro, por exemplo, que tal adotar um porquinho-da-índia? Segundo o médico-veterinário, especializado em pets não convencionais, André Saldanha, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo, esta pode ser uma boa opção.

“Ele é um dos poucos roedores que vocalizam, ou seja, se estão com fome, vão pedir comida, se quiserem atenção, irão choramingar. Portanto, eu acho muito positivo para quem tem criança e quer gerar um senso de responsabilidade da criança para com o animal. Um coelho, por exemplo, é um animal muito silencioso, então, se alguém esquecer de alimentá-lo, ele não vai chamar a atenção, o que pode ser muito perigoso para a saúde do pet, diferente do porquinho-da-Índia", explica o especialista.

O tamanho, segundo o profissional, também é um diferencial do pet. "Ele não é tão grande, mas também não é tão pequeno, nem tão frágil como um hamster, no caso da criança apertar, e é um animal que não costuma morder com tanta frequência”, explica Dr. André, que também é dono de uma empresa com foco em posse responsável de animais não convencionais.

O médico-veterinário explica ainda que o porquinho-da-Índia é um roedor natural da América do Sul, mas que, infelizmente, não é mais encontrado na natureza.

Como cuidar

De acordo com o veterinário clínico e cirurgião Marcelo Moraes, os porquinhos-da-índia podem ter pelos curtos ou longos, são calmos, mas podem ficar mais agressivos quando têm filhotes. Para quem pensa em adotar um, vale preparar a casa para recebê-lo, separando um cantinho para receber a gaiola, desde que com espaço adequado, ou um cercadinho.

Por serem animais muito sociais, Dr. André indica ter mais de um ao mesmo tempo, porém do mesmo sexo, para evitar a procriação descontrolada. Ele chama atenção ainda para que o ambiente escolhido para alojar o animal tenha temperatura adequada, visto que são bastante sensíveis ao calor.

No que diz respeito à alimentação, os veterinários indicam feno à vontade, pois precisam de bastante fibra, ração específica na quantidade adequada, conforme indicação do fabricante, água fresca, além de frutas, que podem ser usadas como petisco, e legumes e verduras, como suplementação.

Por serem animais muito sociais, o mais indicado é ter mais de um porquinho-da-índia ao mesmo tempo, porém do mesmo sexo — Foto: ( Pixabay/ Alexas_Fotos/ CreativeCommons)
Por serem animais muito sociais, o mais indicado é ter mais de um porquinho-da-índia ao mesmo tempo, porém do mesmo sexo — Foto: ( Pixabay/ Alexas_Fotos/ CreativeCommons)

Fique de olho

De modo geral, os porquinhos-da-índia vivem de quatro a seis anos, não precisam de banho (apenas se houver uma situação especial e orientação do veterinário), nem de vacinas. O vermífugo pode ser ministrado em situações específicas, mas também sempre sob orientação veterinária.

É importante levá-los para ao veterinário para check-ups anuais, pois isso garante o bem-estar do animal, além de ajudar a prevenir ou identificar doenças. Por conta do crescimento contínuo dos dentes, os animais possuem mais facilidade para desenvolver doenças dentárias, o que aumenta, segundo Dr. André, a importância do feno, que ajuda no desgaste natural dos dentes. Também há predisposição para deficiência de vitamina C, tumores, sobretudo de mama, e pneumonia.

“Mantendo os cuidados rotineiros, limpeza diária do ambiente e consultas em dia, ele pode viver por muitos anos e com qualidade de vida”, finaliza Dr. Marcelo.

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