Nutrição

Por Isadora Moraes


Especialistas não recomendam a oferta de pé de galinha cru para cães, pois pode trazer riscos à saúde — Foto: Canva/ Creative Commons
Especialistas não recomendam a oferta de pé de galinha cru para cães, pois pode trazer riscos à saúde — Foto: Canva/ Creative Commons

Apesar do pé de galinha cru ser rico em nutrientes, ele não é indicado para cães. Os ossos e unhas presentes no alimento podem provocar obstrução ou perfuração no sistema gastrointestinal.

Riscos de ofertar pé de galinha cru para cães

A ingestão do alimento cru pode acarretar infecção por salmonella, uma bactéria que infecta cães e humanos, de acordo com Adrielly Carmo, zootecnista e especializada em nutrição.

“Pelo fato do pé de galinha ser cru e o corte ter mais contato com o solo, há uma susceptibilidade maior do alimento conter bactérias, fungos e parasitas”, completa Mariana Perini, zootecnista e especializada em nutrição. Há também um risco maior de contaminação por micotoxinas ou microrganismos, colocando a vida dos cães em risco.

“O pé de galinha cru também contém alto teor proteico, o que é ruim para cães com sobrepeso em fase de emagrecimento”, pontua Adrielly.

Apesar de ser rico em colágeno, o pé de galinha cru pode causar perfuração no sistema gastrointestinal dos cães — Foto: Canva/ Creative Commons
Apesar de ser rico em colágeno, o pé de galinha cru pode causar perfuração no sistema gastrointestinal dos cães — Foto: Canva/ Creative Commons

O alimento é rico em colágeno, nutriente importante para preservar as articulações, porém, para os peludos se beneficiarem disso, o consumo deve ser elevado, algo contraindicado para a espécie, explica Adrielly. Portanto, o pé de galinha cru não é opção segura para os cachorros.

Ademais, Mariana alerta que o consumo deste produto acaba degradando os dentes e gengiva do animal, devido às partes duras e pontiagudas.

Como ofertar pé de galinha para cães

Thaís Ferreira, médica-veterinária com atuação em nutrologia animal, explica que o pé de galinha pode ser ofertado apenas cozido e sem os ossos e unhas. Isso minimiza as chances de engasgos e infecções.

“Os cães preferem alimentos cozidos do que crus, devido ao seu elevado sabor e odor”, acrescenta Mariana.

O cozimento deve ser realizado apenas com água, pois alguns temperos e o óleo não são recomendados para os pets. Antes de servir, o responsável deve esperar o alimento esfriar bem para o peludo não se queimar, como afirma o médico-veterinário Thiago Borba.

Também é possível oferecer o pé de galinha desidratado, segundo Mariana, pois não provoca nenhum prejuízo ou malefício ao animal. No mercado brasileiro, existem diversas marcas que trabalham com esse produto.

Thaís ressalta que a ingestão de pé de galinha é contraindicada para cães com problemas renais, pois eles têm uma série de restrições nutricionais, podendo comer apenas cortes com baixo teor de fósforo.

Antes de ofertar qualquer alimento ao cão, o tutor deve consultar um médico-veterinário especialista em nutrição — Foto: Canva/ Creative Commons
Antes de ofertar qualquer alimento ao cão, o tutor deve consultar um médico-veterinário especialista em nutrição — Foto: Canva/ Creative Commons

Outras partes da galinha, como as vísceras e a carne, são opções mais nutritivas para os cães no geral.

“As vísceras são muito utilizadas nas rações e petiscos comerciais. Além de serem ricas em aminoácidos e ácidos graxos, têm grande aceitação entre os cachorros”, completa Mariana.

Porém, a inserção de novos ingredientes em uma dieta canina deve ser feita apenas com acompanhamento de um médico-veterinário especializado em nutrição. Caso contrário, o cão pode ter ganho de peso ou até perda de nutrientes.

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