• Maria Gal (@mariagalreal)
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Lisiane Lemos (Foto: Acervo Pessoal / Divulgação)

Lisiane Lemos (Foto: Acervo Pessoal / Divulgação)

Como sabemos, o mercado corporativo é excludente com as pessoas negras. E exatamente por isso, estamos vendo diversas ações na busca de maior inclusão. Na entrevista desta semana para a nossa coluna, a conversa é com Lisiane Lemos.

Lisiane trabalhou na Microsoft e hoje é gerente de desenvolvimento de agências do Google, além de professora de MBA de Big Data da PUCRS, palestrante e membro do conselho consultivo do Fundo de População das Nações Unidas. Em 2017, entrou na lista da Forbes como uma das pessoas mais influentes com menos de 30 anos, a Forbes Under 30. Confira a nossa entrevista completa:

Lisiane, O que é o Conselheira 101? Como surgiu a ideia?
O Conselheira 101 nasceu da proatividade de 9 mulheres de diferentes faixas etárias, profissões e raças, unidas pelo propósito de tornar o mundo corporativo mais inclusivo. A partir de um post no LinkedIn, iniciamos um ciclo de conversas que resultou no projeto. Será um ciclo de conversas orientadas sobre a jornada da Conselheira de Administração, facilitadas por conselheiros experientes e cujas participantes são executivas negras seniores que têm o conselho de administração como parte do seu plano de carreira

Qual o objetivo do lançamento do programa?
O Conselheira 101 tem por objetivo ampliar o conhecimento de lideranças negras nos temas relacionados com o papel de conselheira, responsabilidades, formação, desafios, assim como incentivar o networking das participantes com a comunidade de governança.

Quem são as líderes do programa?
Ana Beatrix Trejos, Ana Paula Pessoa, Elisangela Almeida, Graciema Bertoletti, Leila Loria, Jandaraci Araujo, Lisiane Lemos, Marienne Coutinho e Patricia Molino.

Como será o apoio das empresas KPMG e WCD no Conselheira 101?
A KPMG, por meio da KPMG Business School, tem sido nossa parceira em orquestrar todos os encontros que são realizados 100% digitalmente, utilizando seu expertise enquanto universidade corporativa. A WCD é a nossa parceira na curadoria de conteúdo e conexão com os nossos facilitadores.

Como foi feita a escolha das executivas negras para participarem desta primeira edição?
Iniciamos esta primeira edição com 20 convidadas, mulheres autodeclaradas negras com potencial para desenvolver carreira como Conselheiras. São mulheres com trajetórias  consolidadas em suas respectivas áreas de atuação, capazes de trazer experiências diversificadas e contribuir para discussões cada vez mais amplas nos Conselhos

Quais os principais nomes que estão apoiando/mentorando o programa?
Alguns nomes como Ana Paula Pessoa (co-fundadora e CFO do Rio 2016), Leila Loria (co-fundadora e Conselheira no IBGC), Maria Silvia Bastos (Chairwoman do Goldman Sachs), Eduardo Gouveia (Ex-presidente da Cielo), Fernando Carneiro (Head LATAM na Spencer Stuart), Andrea Chamma (conselheira na Braskem), entre outros.

Quais os principais conteúdos abordados?
A partir da curadoria da WCD escolhemos 10 temas para os nossos encontros:

Introdução à Governança
Formação de Conselhos
Empresas Familiares
Comitês de Governança e Conselho Fiscal
Conselheiros de Inovação
Pensando nos Números
Comunicação e Reputação
Pensando no Futuro
Dinâmicas de Conselho
Simulação de Conselho

O programa terá alguma influência junto aos conselhos corporativos?
Acredito que já estamos tendo. Convites para entrevistas já começaram. Dar visibilidade a estas mulheres que são excelentes e “emplacar” nossas primeiras conselheiras em comitês e conselhos de administração é o objetivo. Acredito que os conselhos podem enxergar em nós um parceiro para trazer nomes fortes, consolidados e experientes que também agregam em diversidade, tão necessária a inovação que buscamos hoje.