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Imagine um mundo onde, até então, seres nascidos e programados geneticamente para envelhecer possam ter seus órgãos e tecidos reparados. Ou melhor, renovados. Pense também num planeta onde, sem qualquer tipo de intervenção cirúrgica ou medicamentos tais e quais conhecemos, qualquer indivíduo seja capaz de curar a si próprio. A história, que mais se parece a um roteiro de ficção científica, é um campo de estudo real – a chamada medicina regenerativa.

De uma forma abrangente, este ramo da medicina combina princípios biológicos, químicos, físicos e de engenharia sob uma única finalidade: estimular mecanismos próprios para o reparo do corpo. Se em especialidades como a ortopedia, o método está ligado à reparação de ossos e ligamentos e, na cardiologia, ao nascimento de um novo tecido cardíaco após, por exemplo, um ataque do coração, na dermatologia a ciência também vem atuando. Da regeneração mais profunda da pele, após graves queimaduras e feridas crônicas, ao universo dos procedimentos estéticos, a ideia é a mesma: aproveitar processos naturais de cura do corpo para devolver à pele volume, hidratação, viço e coloração.

Neste contexto, o grande astro do momento atende pelo nome de exossomos. Ganha, inclusive, em setembro, um summit só para ele em Seul, na Coreia do Sul, meca científica de pesquisas voltadas ao setor. Os exossomos agem diretamente na reconstrução de tecidos, além de atuarem como “comunicadores” intercelulares. “Os exossomos são pequenas vesículas derivadas das células tronco, ricas em DNA e RNA, lipídios e proteínas, que atuam como comunicadores celulares para reparar tecidos. Têm, portanto, um efeito anti-inflamatório e regenerativo celular”, explica Bruno Lages, dermatologista especializado em tricologia e cirurgia dermatológica pela Universidade de São Paulo. “Imagine alguém, por exemplo, que tenha a alopecia como uma predisposição genética. Através dos exossomos, ‘conseguimos’ avisar às células que é preciso reparar esta característica e, assim, fios novos e mais fortes passariam a nascer, combatendo a calvície”, completa Bruno. O mesmo acontece com a pele. O material promove uma estimulação de processos naturais para sua cura. Também atua na produção de colágeno, reduz a inflamação e promove a proliferação celular. O exossomo é, ainda, excelente aliado da cicatrização.

Outro regenerador que vem colecionando resultados expressivos nos consultórios – seja o objetivo a melhoria da textura da pele, seja a redução de linhas finas – é o PDRN (poli-desoxirribonucleotídeo). Diferentemente do exossomo, que é derivado de várias células e atua como comunicador, o PDRN é sintetizado em laboratório a partir do DNA do salmão. Também renova tecidos, fornecendo a eles nucleotídeos e, assim, estimula seu crescimento. Graças às suas propriedades anti-inflamatórias e hidratantes, é aliado no combate ao melasma e à rosácea.

Embora em muitos países do Hemisfério Norte ambas as substâncias sejam aplicadas por microagulhamento, ou seja, injetadas como bioestimuladores de colágeno, no Brasil, este procedimento ainda não foi regulamentado pela Anvisa. Entretanto, por aqui, tanto o exossomo quanto o PDRN podem ser administrados pelo método chamado “drug delivery”. A ideia é que, com microcanais da pele expostos após a aplicação de um laser fracionado, o produto é aplicado de forma tópica. Os efeitos, em geral, são notados logo nos primeiros dias. São recomendadas de três a quatro sessões para resultados consistentes e em áreas como rosto, pescoço, colo e mãos. O preço do procedimento é variável, podendo ir de R$ 1.000 a R$ 2.500 por aplicação.

Entre as terapias mais disseminadas estão os bioestimuladores de colágeno, como o Radiesse, composto por hidroxiapatita de cálcio. Novos estudos apontam a capacidade desses tratamentos de reconstruir as estruturas celulares. “Eles reativam células importantes para a estética regenerativa como os fibroblastos, que renovam a matriz celular, e os proteoglicanos, que retêm água e agem na hidratação, além de não serem inflamatórios”, afirma a dermatologista Denise Barcelos.

Outra revolução no setor são os cosméticos que trazem estes regeneradores de tecido embutidos em sua fórmula, combinados ainda com substâncias que auxiliam no preenchimento e hidratação. Embora não promovam resultados tão efetivos quanto quando aplicados em consultório, na Ásia, eles já são uma unanimidade no mercado e presentes em uma vasta gama de produtos de skincare. De hidratantes de uso diário a protetores solares, passando por renovadores celulares e até cremes para o corpo. Uma realidade.

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